A crescente demanda por Inteligência Artificial (IA) e sistemas avançados de redes e dados tem levado as empresas a buscar ferramentas eficientes e de baixo custo para operar em ambientes simples e complexos. Nas palavras de Mário Rachid, diretor executivo de Soluções Digitais da Embratel, unidade corporativa da Claro, quando essa necessidade emerge em um momento em que o uso inteligente de dados pode transformar a indústria brasileira, o diferencial competitivo está em como tais tecnologias são desenhadas para serem “integradoras” de ponta a ponta.
“Além das aplicações de IA e dados, a Embratel oferece dois grandes diferenciais: o uso de redes privativas 5G, que trazem mais eficiência ao processamento de informações, e a infraestrutura robusta, seja em nuvem própria ou por meio de parceiros. Essas características fazem da Embratel um integrador fim a fim, capaz de combinar comunicação, qualidade, redução de custos e competitividade”, ressalta Mário Rachid.
A empresa vem demonstrando ao mercado a aplicação de um portfólio de tecnologias aprimorado ao longo do último ano, focado em inteligência analítica, preditiva e em conexões complexas. Um dos principais avanços desse portfólio é o impacto das infraestruturas privativas 5G e LTE na produtividade corporativa. Criadas para o ambiente empresarial, essas redes operam com baixa latência (rápida velocidade de resposta), conectando um grande volume de máquinas e garantindo alto nível de segurança, sem comprometer a confiabilidade em aplicações críticas.
A apresentação foi realizada no Futurecom 2024, em São Paulo, entre os dias 8 e 10 de outubro.
Segurança e desafios na era das conexões globais
Segundo Alexandre Gomes, diretor de Marketing da Embratel, as estruturas desenvolvidas pela companhia antecipam o futuro da transformação digital. “As redes corporativas são a espinha dorsal das empresas, conectando ecossistemas e funcionários. Hoje, além de estarem na nuvem, elas estão mais complexas devido ao grande número de dispositivos conectados, dentro ou fora do escritório. Isso exige uma arquitetura mais sólida, flexível e segura. Chamamos isso de uma estrutura ‘à prova de futuro’. Estamos trazendo para o presente o que está projetado lá para frente”, destaca.
Ao mesmo tempo, Gomes enfatiza que as redes privativas 5G da Embratel têm o objetivo de ser a infraestrutura digital habilitadora, pois integram tecnologias emergentes como IA, aprendizado de máquina e Internet das Coisas. “Elas foram criadas para otimizar a produção e implementar soluções de segurança tanto para os ativos quanto para as pessoas nesse ecossistema”, acrescenta.
Ele explica que, como o setor produtivo opera com processos colaborativos distribuídos globalmente, o grande desafio da hiperconectividade vai além de garantir a comunicação entre pessoas e dispositivos na mesma rede. A segurança industrial precisa ser assegurada em toda a cadeia, da projeção à execução – muitas vezes, ocorrendo em países diferentes. Consequentemente, a segurança deixa de ser apenas de perímetro e passa a exigir estratégias mais sólidas, capazes de proteger os ativos locais e toda a estrutura global interconectada.
Automação e inteligência para melhorar processos e segurança
A Embratel também desenvolveu uma série de soluções práticas de aprendizado de máquina e IA generativa e preditiva para automatizar processos, extrair oportunidades operacionais e antecipar riscos com base em dados. Entre elas, destacam-se o IA Insights, uma plataforma que analisa documentos, sintetiza e gera novas percepções; e o IA Client Flow, que oferece informações valiosas a partir da análise de interações com clientes.
Outro recurso é o IA Otimiza App, que automatiza a avaliação de comentários em lojas de aplicativos, ajudando empresas a monitorar a satisfação dos usuários. Já o IA Media Engage gerencia direitos de imagens e vídeos com reconhecimento inteligente, aprimorando a organização de acervos. Para a segurança no trabalho, a IA Safety utiliza câmeras e visão computacional para detectar e sinalizar a ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), ajudando a monitorar a proteção dos trabalhadores.
A plataforma Lakeit, voltada para Big Data, reúne, processa e correlaciona dados na nuvem, em qualquer escala, permitindo que os clientes realizem análises sem a necessidade de investir em servidores próprios ou desenvolver códigos complexos. Todas essas ferramentas integram o portfólio do Centro de Excelência Operacional em IA (CeO-IA), lançado em junho de 2024.
Os executivos da Embratel enfatizam que tanto os recursos de IA quanto de redes avançadas foram desenvolvidos pensando em empresas de todos os portes, incluindo as pequenas, onde a personalização ocorre por meio de cocriação com o cliente para garantir que os serviços se viabilizem dentro de suas necessidades. “Nós temos soluções mais simples de proteção aos dados e processos, mas também as muito específicas. Esse é o diferencial de quem trabalha por projetos, e entende as necessidades para customizar a entrega”, Gomes pontua.
Por fim, Rachid destaca que todas as soluções da companhia seguem o conceito de Security by Design, sendo projetadas para assegurar a segurança e o controle rigoroso dos processos críticos. “Temos o cuidado de implementar os aspectos básicos de segurança desde o início, mitigando riscos, especialmente aqueles relacionados a dados. Garantimos que o produto seja compatível com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desde o seu design”, conclui.
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