Governo estuda isentar PLR do pagamento de Imposto de Renda, diz Lula

Segundo o presidente, fim da cobrança do imposto foi um pedido feito a ele e ao ministro Haddad pelas centrais sindicais

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Marcelo Godoy
Foto do author Gustavo Queiroz
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 1º, que o governo estuda isentar da cobrança do Imposto de Renda a participação nos lucros e resultados (PLR) paga aos trabalhadores. Segundo Lula, o assunto está sendo discutido pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Atualmente, a isenção vale para PLRs de até R$ 6 mil. A ideia em análise é acabar com a cobrança em qualquer faixa.

Benefício da isenção no PLR está sendo analisado pelo ministro da fazenda Fernando Haddad. Foto: Werther Santana/Estadão

PUBLICIDADE

“Os trabalhadores se preparem, porque, a pedido das centrais sindicais, nós começamos a estudar. Se o patrão não paga imposto de renda sobre o lucro, se o patrão não paga imposto de renda sobre os dividendos que ele recebe, por que os trabalhadores têm de pagar imposto no PLR? Então nós estamos estudando, o Haddad estava na reunião (com as centrais sindicais, na quinta-feira), nós estamos estudando, quem sabe para o próximo ano”, disse o presidente, durante o discurso no ato unificado das centrais sindicais pelo Dia do Trabalhador, realizado nesta segunda-feira no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.

Segundo Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), o ministro Haddad afirmou, na reunião das centrais com Lula, que precisaria calcular o impacto da proposta. “A isenção até 6 mil nós conseguimos em 2012, com o Mantega (Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff). Queremos agora a ampliação da isenção” Na época, os sindicalistas defendiam a isenção até R$ 20 mil.

Publicidade

Ao ser questionado sobre o que aconteceria se a isenção de lucros e dividendos cair, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que, nesse caso, não caberia a isenção para os trabalhadores. “É preciso ter reciprocidade”, afirmou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.