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Fabricante é multada em US$ 6,4 milhões acusada de vender carros chineses como se fossem italianos

Defesa da fabricante diz que nunca afirmou que os veículos eram totalmente italianos e que recorrerá da multa

Foto do author Marcos Furtado
Atualização:

O governo da Itália aplicou uma multa de US$ 6,4 milhões à empresa automobilística DR Automobilis por vender carros produzidos na China como se fossem italianos. O órgão regulador do país afirma que a marca comercializou de forma enganosa os veículos de modelos DR e EVO, segundo informou a BBC. A fabricante disse que vai recorrer da multa.

A defesa da DR Automobilis afirma que eles nunca terem disseram que seus veículos eram totalmente fabricados na Itália. Os automóveis apontados pelo governo italiano são de baixo custo e usam componentes produzidos pelas fabricantes chinesas Chery, BAIC e JAC.

A empresa automobilística DR Automobilis foi multada em US$ 6,4 milhões por vender carros produzidos na China como se fossem italianos. Foto: drautomobilesgroupe.com/

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De acordo com o órgão regulador italiano, a DR Automobilis realizava apenas a montagem e acabamentos na Itália. “Esta prática coincidiu com um período em que a empresa registrou um crescimento acentuado nas vendas dos veículos DR e EVO no mercado italiano”, afirmou.

A penalidade foi aplicada em meio à repressão por parte da União Europeia a veículos produzidos fora do bloco comercial. Em maio, dezenas de Fiat Topolinos fabricados em Marrocos foram apreendidos no porto italiano de Livorno porque tinham insígnias da bandeira italiana. O grupo automotivo Stellantis se defendeu dizendo que seguiu os regulamentos. As bandeiras foram removidas dos veículos.

Após políticos considerarem os carros elétricos chineses uma ameaça à indústria automotiva da Europa, o bloco europeu impôs taxas de importação de até 38% a veículos elétricos chineses. Essa nova cobrança se somaria à tarifa atual de 10% aplicada a todas as importações de veículos elétricos chineses para a União Europeia. A China afirmou que as tarifas violavam as regras do comércio internacional e descreveu a investigação da empresa italiana como “protecionismo”.

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