Em carta aos acionistas no relatório anual do JPMorgan, divulgada na segunda-feira, 8, o executivo-chefe do banco, Jamie Dimon, alerta para o risco de que os juros nos Estados Unidos acabem mais elevados do que o projetado hoje pelos mercados.
Dimon diz que a atividade segue forte e há uma crescente necessidade de gastos na transição para uma economia mais verde, o que pode levar a inflação mais “arraigada” e, por consequência, a juros mais altos.
Ele alertou que as taxas de juros nos Estados Unidos poderiam disparar para 8% ou mais nos próximos anos, refletindo o risco de que os gastos com déficit recorde e o estresse geopolítico dificultem a luta contra a inflação.
Dimon diz que os consumidores continuam a gastar, mas aponta que a economia é impulsionada também por elevados déficits do governo e por estímulos anteriores. Mas ele vê riscos de baixa no cenário, como o aperto quantitativo na liquidez e guerras na Ucrânia e no Oriente Médio.
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Os conflitos podem prejudicar mercados de energia e alimentos, imigração e relações militares e econômicas, listou, além do evidente custo humano. “Essas forças significativas e um pouco sem precedentes nos levam a seguir com cautela”, ponderou.
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