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Julgamento de contribuição rural sobre exportação vai ao plenário físico do STF

Discussão trata da natureza jurídica do tributo e pode afetar o alcance dos serviços oferecidos ao setor rural; julgamento ainda não tem data definida

Foto do author Lavínia  Kaucz
Atualização:

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu para que o julgamento de recursos contra uma decisão que validou a incidência da contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) sobre a receita bruta do produtor rural (pessoa física) fosse retirado do plenário virtual e encaminhado ao plenário físico. Cabe à presidente da Corte, Rosa Weber, definir a data.

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O julgamento começou na sexta-feira, 26. A discussão é sobre a natureza jurídica do tributo: se é social ou de interesse de categoria profissional ou econômica. O esclarecimento é importante porque implica na incidência, ou não, da contribuição ao Senar sobre receitas de exportação.

Caso a contribuição seja social, a lei estabelece que ela não pode incidir sobre receitas decorrentes de exportação. Ou seja, essas receitas são imunes à tributação. Mas, se for de interesse de categoria profissional ou econômica, a norma não se aplica.

Decisão da data para julgamento ir a plenário físico do STF cabe à presidente da Corte, Rosa Weber (foto ilustrativa) Foto: Nelson Jr./STF

Ao analisar o mérito, em dezembro do ano passado, a Corte decidiu manter a incidência do Senar na alíquota de 0,2% sobre a receita bruta do produtor rural (pessoa física). Essa conclusão foi pacificada pelo Supremo e não será alterada.

Os recursos foram apresentados pela União e pelo Senar, que pedem que a contribuição seja reconhecida como de interesse de categoria profissional ou econômica. Segundo dados do Senar, o serviço pode perder 50% da arrecadação caso a imunidade seja estendida. Entre 2018 e 2022, a arrecadação total foi de R$ 8 bilhões. Desse montante, R$ 4,3 bilhões foram só sobre receitas de exportação.

Segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, essa diminuição “acarretará, inegavelmente, diminuição do alcance dos serviços oferecidos ao setor rural”.

O Senar também alega que a classificação do tributo como contribuição social diminuiria “drasticamente a atuação da entidade, inviabilizando sua atuação e anulando sua contribuição para o aumento da produtividade e da renda do produtor rural”.

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