Apesar dos ruídos políticos que antecederam a reunião de quarta-feira (19), o Copom confirmou as expectativas do mercado ao decidir pela manutenção da taxa com unanimidade nos votos dos participantes. Em linha com os argumentos de analistas, o comunicado justificou a decisão sinalizando que o processo de desinflação está mais lento, existe maior desancoragem das expectativas de inflação e o cenário global permanece desafiador.
Em conclusão, o Copom afirmou que o contexto demanda serenidade e moderação da política monetária. Pode parecer um pouco vaga, mas por trás dessa declaração está a visão de que o espaço para afrouxamento monetário se reduziu muito nos últimos meses. Existe, inclusive, o temor de que os juros subam novamente no futuro próximo. Projeções já não trazem a esperança de uma taxa de um dígito tão cedo. O dólar vem se valorizando rapidamente e, no acumulado do ano, tem um dos melhores desempenhos do mercado.
Mas o que está acontecendo? Certamente existem fatores domésticos por trás dessa evolução negativa. Em particular, investidores não têm visto com bons olhos os últimos movimentos da política fiscal e do relacionamento do governo com estatais. Adicionalmente, existem suspeitas sobre a eventual contaminação política nas indicações para a diretoria do Banco Central (BC). É fato que o real tem se desvalorizado mais que outras moedas frente ao dólar.
E como vem sendo mencionado repetidamente na comunicação do Copom, o contexto internacional é central, principalmente as perspectivas para as taxas de juros nos EUA. Na semana passada, após a reunião do Fomc em 12 de junho, as projeções dos participantes revelaram esperar apenas um corte de 0,25 ponto porcentual neste ano e perspectivas mais modestas para a redução dos juros no ano que vem, caso se mantenham as condições observadas atualmente.
Neste cenário, as opções de investimento em renda fixa em dólar têm chamado a atenção, não só pela valorização em relação ao real, mas também pelas taxas historicamente elevadas praticadas atualmente. A Nomad oferece ETFs de índices, ativos privados ou títulos do tesouro americano. E muito em breve vai lançar a melhor prateleira de títulos de renda fixa para quem quer mais segurança e proteção para o seu patrimônio em moeda forte. Importante, claro, sempre considerar seu perfil de risco antes de qualquer decisão.
*Caio Fasanella é diretor executivo e head da área de investimentos na Nomad
** Danilo Igliori é economista-chefe da Nomad
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