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Com queda de juros dos EUA e compromisso fiscal do Brasil, Selic voltará a cair, diz Alckmin

Vice-presidente diz ter esperança que o corte dos juros sejam retomados na próxima reunião do Copom, no fim de julho

Foto do author Amanda Pupo

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manter por decisão unânime a Selic em 10,5% ao ano, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira, 20, acreditar que na próxima reunião os diretores da autoridade monetária possam reduzir o patamar de juros.

Essa queda foi classificada como “necessária” por ele. O vice-presidente, por sua vez, apontou que o cenário doméstico depende também dos juros americanos e do contexto fiscal brasileiro.

Geraldo Alckmin acredita que na próxima reunião do Copom haverá redução de juros Foto: Pedro Kirilos/Estadão

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Segundo ele, caindo os juros nos Estados Unidos e ficando mais claro o compromisso com a questão fiscal do Brasil, há uma tendência de o ciclo de queda de juros ser retomado.

“Mas vamos ter confiança. Acredito que na próxima reunião do Copom possa reduzir, porque depende dos juros americanos. Acho que tem uma tendência lá fora de os juros americanos caírem. Então caindo os juros nos EUA e ficando mais claro, como tenho convicção, o compromisso com a questão fiscal no Brasil, achamos que a tendência vai ser retomar a queda de juros, que é necessária”, disse Alckmin a jornalistas após participar de evento em Joinville (SC).

Ao ser questionado sobre a decisão de ontem, o ministro disse entender que a Selic deveria ter caído, tendo em vista o dado atual da inflação. “Eu entendo que deveria ser reduzido, porque nós temos inflação menor de 4%, 3,5%. Arredondando, se você tem 10,5% de Selic, nós estamos falando de 7% de juros real, o segundo maior do mundo”, respondeu.

Alckmin também foi perguntado sobre o patamar do real frente ao dólar,e avaliou que a tendência é de a moeda brasileira voltar a se valorizar, tendo em conta ainda que, para ele, o câmbio em torno de R$ 5 estará num patamar competitivo.

“Câmbio é livre, mas temos certeza que ele vai cair. Há oscilações de mercado, o câmbio é flutuante, mas acho que são momentos. A tendência que eu vejo é ter redução da questão cambial. Câmbio em torno de R$ 5 é competitivo, também não pode ter moeda sobrevalorizada, que facilita importação e dificulta exportação”, respondeu Alckmin, repetindo que o cenário fiscal brasileiro vai mostrar “claramente” o compromisso do governo com o arcabouço.

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