Juros fecham sem direção única em meio à tensão externa

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Após uma abertura tensa, o mercado financeiro encerrou a sexta-feira extremamente cauteloso, sem saber o que esperar dos próximos dias e tendo um final de semana pela frente. A insegurança reinou. Os investidores terminaram a semana mais preocupados com a saúde do sistema bancário, ameaçada pela crise da dívida soberana na Europa, e com renovados sinais e alertas de grandes bancos sobre os riscos mais elevados de uma recessão nos Estados Unidos. Há ainda o temor de que os EUA entrem em um período de estagflação - baixo crescimento com inflação. Nesse contexto, nem o IPCA-15 de agosto acima do que a maioria dos agentes aguardava, em 0,27%, de 0,10% em julho, conseguiu sustentar acúmulo de prêmios nos juros. A taxa para janeiro de 2012 encerrou em 12,11%, nivelada ao ajuste anterior; o juro para janeiro de 2013 projetou 11,45%, de 11,51%; e o contrato para janeiro de 2017 subiu para 11,55%, de 11,49% na quinta-feira.A despeito das incertezas externas, o dólar à vista recuou 0,19%, para R$ 1,5990 no balcão, em meio a um volume de negócios reduzido. Na semana, a divisa americana acumulou perda de 0,87%; no mês, sobe 2,96%; mas, no ano, apura baixa de 3,91%. As bolsas nos EUA registraram quedas ao redor de 1,5%, o ouro bateu recorde pelo quarto dia consecutivo e o custo de proteção - Credit Default Swap (CDS) - de alguns bancos europeus não parou de subir. Em Nova York, o Nasdaq puxou a fila, com perda de 6,62% na semana, seguido pelo S&P 500 (-4,69%) e Dow Jones (-4,01%). Assim, o Ibovespa até que se saiu bem, ao cair 1,92% na semana. Ontem, o índice à vista declinou 1,29%, aos 52.447,63 pontos.

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