Juros devem subir mais um ponto porcentual e começar a cair só em julho de 2025, prevê mercado

Economistas esperam que o Copom acelere o ritmo de aperto monetário já na sua próxima decisão, em 6 de novembro, e aumente os juros em 0,5 ponto porcentual, a 11,25%

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Foto do author Cícero Cotrim

BRASÍLIA - As projeções inseridas por economistas no Sistema Expectativas de Mercado, que embasa o Focus, passaram a indicar uma trajetória ainda mais alta para a taxa Selic. A expectativa é que os juros subam mais um ponto porcentual, a 11,75% no fim do ciclo, e comecem a cair apenas em julho do próximo ano.

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Essa é a primeira atualização nas estimativas desde a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) da última quarta-feira, 18. O colegiado aumentou a Selic em 0,25 ponto porcentual, de 10,50% para 10,75%, e informou que o seu balanço de riscos para a inflação está assimétrico para cima.

Conforme as medianas do sistema, o mercado espera que o Copom acelere o ritmo de aperto monetário já na sua próxima decisão, em 6 de novembro, e aumente os juros em 0,5 ponto porcentual, a 11,25%. Nas duas reuniões subsequentes, de 11 de dezembro e 29 de janeiro, as estimativas indicam apertos de 0,25 ponto, a 11,50% e 11,75%, respectivamente.

Medianas sugerem altas de 0,5 ponto em novembro e dezembro deste ano, o que levaria a taxa Selic a 11,75% no fim de 2024 Foto: Raphael Ribeiro/BCB

A Selic ficaria parada neste nível até a quinta reunião de 2025, marcada para 30 de julho, quando o comitê cortaria os juros em 0,25 ponto. O mercado, então, espera novos cortes de 0,25 ponto em 17 de setembro (11,25%) e 5 de novembro (11,0%), seguidos por uma última baixa de 0,5 ponto em 10 de dezembro, a 10,5%.

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Considerando apenas as projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, teoricamente mais sensíveis à decisão do Copom, a trajetória da Selic seria mais íngreme. As medianas sugerem altas de 0,5 ponto em novembro e dezembro deste ano, o que levaria a taxa a 11,75% no fim de 2024. Um último aumento, de 0,25 ponto, levaria os juros a 12,0% em janeiro.

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