A justiça da Bolívia decretou hoje a prisão do presidente da Vasp, Wagner Canhedo, e de seu filho Ulisses, acusados de administração irregular da companhia de aviação Lloyd Aéreo Boliviano (LAB) entre 1994 e 2001. De acordo com agências internacionais, eles tinham de se apresentar hoje perante um tribunal de Cochabamba, mas não o fizeram. A Justiça determinou também a apreensão de bens dos dois. A ação está sendo promovida pelo Ministério Público e vai continuar, apesar da ausência dos acusados. O processo começou há mais de um ano e inclui a acusação de dano econômico de mais de US$ 60 milhões ao LAB. Foram denunciados outros seis bolivianos no mesmo caso. Wagner Canhedo informou, através da assessoria, que considera as acusações de desvio de dinheiro infundadas. Segundo ele, a Vasp apresentou todas as contas da LAB na época e elas foram "aprovadas, auditadas e certificadas". Em entrevista à Agência Estado em março deste ano, Canhedo declarou que só teve prejuízos com a compra de 51% das ações da LAB e lembrou que o governo boliviano sabia de tudo, pois era sócio do negócio. A Vasp vendeu no dia 3 de dezembro de 2001 os 51% das ações para o empresário boliviano Raúl Garafulic, que disputa judicialmente as ações da empresa com outro empresário, Ernesto Asbún.
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