Latam volta à Bolsa de Nova York na próxima semana em oferta de US$ 530 mi

Expectativa é que empresa aérea que saiu da recuperação judicial em 2022 seja avaliada em US$ 8,5 bilhões; retorno à Bolsa americana ocorre quatro anos após deslistagem

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Quatro anos após deixar a Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), a companhia aérea Latam pode voltar a ser listada nela na próxima quinta-feira, 25. Em uma oferta pública de American Depositary Receipts (ADR), recibos de ações de uma empresa estrangeira, que pode superar US$ 530 milhões, a expectativa é que a empresa que saiu da recuperação judicial seja avaliada em US$ 8,5 bilhões.

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A oferta é de 19 milhões de ADRs da Latam, com cada papel representando 2 mil ações. Dependendo da demanda, há um lote extra de mais 2,85 milhões de papéis. Fundos com participação na Latam são os vendedores dos papéis, como a Sixth Street Funds, Marathon Funds e Olympus Peak Funds.

A Latam entrou na quinta-feira, 18, com o prospecto da operação na Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos. A operação, porém, vem sendo trabalhada há alguns meses. Em abril, a chilena anunciou a intenção de voltar a ser listada em Nova York, mercado com mais visibilidade.

Desde maio de 2020, quando entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA, pelas regras do Chapter 11, a mesma que a Gol usa agora, a Latam foi deslistada da Nyse. Em 2022, a empresa chilena saiu do processo. Agora, com a relistagem, os papéis terão o código “LTM”.

Latam atravessou recuperação judicial e conseguiu se reerguer Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADÃO

A oferta pública dos ADRs não será feita no Brasil, mas haverá venda no Chile, onde a Latam é listada na Bolsa de Santiago. Os bancos coordenadores principais são Goldman Sachs, Barclays e JP Morgan. Adicionalmente, o sindicato tem Citigroup, Santander US, Deutsche Bank, BNP Paribas, MUFG, Natixis e LarraínVial. O Morgan Stanley está atuando também.

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A oferta de ações da empresa chilena em Nova York vem em um momento de mercado americano mais propenso a operações deste tipo. Este ano, uma empresa do Peru e outra do México lançaram ações nas Bolsas americanas e companhias da Europa e Ásia também tem procurado o mercado americano. Do Brasil, a Moove, empresa do grupo Cosan que opera com a fabricação e venda de lubrificantes, entrou com pedido confidencial na SEC.

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