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Opinião|Além da Tecnologia: A Reinvenção das Lideranças para um Futuro Human-Tech

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Por Claudia Miranda Gonçalves

Por Andréa Nery

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O tema da Inteligência Artificial (IA) no desenvolvimento de lideranças está se tornando cada vez mais profundo e complexo. O ambiente onde humanos e tecnologias inteligentes coexistem e colaboram já é uma realidade exigindo das lideranças mais que conhecimentos básicos de IA, mas uma transformação disruptiva que considera um conjunto de habilidades específicas para liderar e tomar decisões. Empresas e líderes estão em constante reinvenção para se manterem relevantes no mercado.

Com a IA mais acessível e tornando-se parte integral de muitas soluções, os modelos de negócio enfrentam desafios frequentes e rapidamente se tornam obsoletos. Essa tecnologia impacta todas as áreas de uma organização, e sua adoção acelerada mudará significativamente os negócios em um futuro próximo.

Enquanto a tecnologia permite a personalização em larga escala, líderes e colaboradores precisam se reinventar, discutindo temas como responsabilidade ética e sensibilidade para avaliar o impacto de suas decisões não só internamente, mas também na sociedade. O foco em equipes híbridas -- compostas por talentos humanos e IA colaborativa -- torna-se essencial.

Para que essa inteligência colaborativa funcione, o ambiente de trabalho precisa ser reimaginado, criando condições de confiança mútua e normas que incentivem a integração e a fluidez na troca de informações. Além dos dados estruturados, dados "quentes" revelam o que está vivo no processo, permitindo identificar soluções para desafios emergentes através de uma rede colaborativa.

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A reinvenção deve estar no DNA da organização, com líderes sendo ousados e corajosos para enfrentar situações desafiadoras e promover aprendizado contínuo. Essa transformação exige o fortalecimento de habilidades internas que garantam a integridade, autenticidade e antifragilidade dos líderes.

Neste contexto, os Objetivos de Desenvolvimento Interior (ODIs) oferecem uma base essencial para empresas e líderes que precisam integrar a reinvenção em seu núcleo. Líderes que adotam essa visão, guiada pelos ODIs, maximizam o potencial das tecnologias enquanto promovem o desenvolvimento interior, inspirando suas equipes a agir de forma ética, inovadora e responsável. Essa combinação fortalece equipes híbridas e humaniza a integração da IA, valorizando tanto capacidades técnicas quanto qualidades humanas.

Os ODIs destacam cinco dimensões fundamentais (Ser, Pensar, Relacionar-se, Colaborar e Agir), que se alinham perfeitamente com as habilidades necessárias para liderar equipes que integram inteligência artificial e humana:

  1. Ser: Envolve autoconhecimento e autorregulação, essenciais para que líderes mantenham uma postura ética ao integrar IA nas equipes. Ao desenvolver uma Bússola Interna, líderes podem alinhar decisões tecnológicas com o bem comum, mantendo a Integridade e Autenticidade. Assim, ao invés de ceder a pressões tecnológicas imediatas, líderes agem com valores sólidos, equilibrando eficiência técnica e impacto humano.
  2. Pensar: A inteligência colaborativa exige um Pensamento Crítico e uma Consciência da Complexidade para que líderes possam avaliar dados e insights de IA com um olhar cético, identificando onde o julgamento humano agrega valor e evitando vieses. A Perspectiva e a habilidade de Fazer Sentido auxiliam líderes a conectarem diferentes visões, promovendo decisões mais inclusivas e holísticas. A Visão de Longo Prazo incentiva que líderes integrem IA pensando na sustentabilidade e no impacto organizacional de longo prazo, não apenas em resultados imediatos.
  3. Relacionar-se: Em um ambiente híbrido, com a IA assumindo parte das funções, é fundamental que líderes desenvolvam Empatia e Compaixão para entender as preocupações de suas equipes e construir um ambiente onde a tecnologia seja vista como uma aliada, e não como uma ameaça. Conexão e Apreciação ajudam líderes a enxergar o valor humano e tecnológico em conjunto, reforçando a importância de uma cultura colaborativa onde a IA serve de complemento às habilidades humanas.
  4. Colaborar: No contexto de equipes "human-tech", habilidades de Comunicação e Cocriação são cruciais. Os líderes devem fomentar uma cultura de segurança psicológica, onde o diálogo com a IA e entre os membros da equipe ocorra de forma aberta e construtiva. Diversidade e Inclusão são fundamentais para que perspectivas variadas alimentem a inteligência colaborativa, enquanto a Confiança entre a equipe e as ferramentas de IA é essencial para tomadas de decisão mais integradas e transparentes.
  5. Agir: A dimensão Agir encoraja líderes a desafiar estruturas e inovar com responsabilidade. A Criatividade abre novas possibilidades, enquanto Otimismo e Perseverança incentivam um compromisso contínuo com o desenvolvimento humano e tecnológico, essencial para sustentar as transformações organizacionais.

Essas dimensões fortalecem a liderança na era da inteligência colaborativa, equilibrando o uso da IA com a valorização das competências humanas para um futuro de trabalho mais ético e colaborativo.

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Opinião por Claudia Miranda Gonçalves
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