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Opinião|liderança precarizada

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Por Claudia Miranda Gonçalves

Há bem pouco tempo aprendi sobre o termo liderança precarizada. Se refere à situação em que os líderes se encontram em condições instáveis, incertas e precárias em seus cargos. Esses líderes muitas vezes lidam com altas demandas, pressões excessivas, falta de recursos adequados e uma sensação de insegurança em relação à sua posição. Os bordões são vários: fazer mais com menos; se vira nos 30... E a corda muitas vezes arrebenta do lado do líder, que se vê frustrado, estressado, e mal avaliado.  E atenção mulheres! somos mais propensas a nos encontrar nessa situação!

 

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Esses líderes podem ser encontrados em diferentes níveis hierárquicos, desde supervisores e gerentes até executivos de alto escalão. Eles enfrentam desafios únicos, como a necessidade de tomar decisões difíceis em condições adversas, lidar com conflitos internos e externos, e manter a motivação da equipe mesmo diante de incertezas.

 

A essa natura a pergunta que surge é: Mas o que faz com que as pessoas aceitem essas situações? Pode ser necessidade de manter o emprego - não se vê na posição de recusar, mesmo sabendo que as chances de sucesso são pífias e que provavelmente pode custar seu emprego mais adiante. Às vezes é paixão por um projeto ou tema - inclusão, diversidade, ESG, ou um projeto muito querido. Sabe aquele tema importante, mas cuja prioridade fica ambígua? Algumas vezes a posição é vendida como uma oportunidade para a carreira da pessoa - só que não!

Alguns sinais de liderança precarizada incluem altos níveis de estresse e ansiedade, dificuldade em tomar decisões, isolamento social, queda no desempenho e na produtividade, entre outros. É importante que os líderes e suas organizações estejam atentos a esses sinais e busquem ajuda quando necessário.

Para navegar por esse ambiente desafiador, o líder precarizado deve priorizar o autocuidado, buscar apoio de colegas e mentores, desenvolver habilidades de resiliência e adaptação, e comunicar de forma transparente e aberta com sua equipe e superiores. Além disso, é essencial que o líder busque o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, estabelecendo limites saudáveis e praticando a empatia consigo mesmo.

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Em resumo, a liderança precarizada é um cenário complexo e desafiador que requer atenção e suporte tanto por parte do líder quanto da organização. Ao identificar os sinais, adotar medidas preventivas e promover uma cultura de apoio e desenvolvimento, as empresas podem ajudar a criar um ambiente mais saudável e sustentável para seus líderes enfrentarem os desafios do dia a dia.

 

Aqui estão algumas perguntas que uma pessoa pode se fazer para entender se estará entrando numa posição de líder precarizada:

  1. Quais são as expectativas e demandas do cargo de liderança que estou prestes a assumir?
  2. A empresa oferece suporte e recursos adequados para que eu possa desempenhar minhas funções de liderança de forma eficaz?
  3. Como é a cultura organizacional da empresa em relação à gestão do tempo, balanceamento entre trabalho e vida pessoal e valorização do bem-estar dos líderes?
  4. Existe um plano de desenvolvimento e capacitação para os líderes na empresa? Como será o meu processo de integração e treinamento?
  5. Quais são os desafios e pressões específicas que os líderes neste cargo costumam enfrentar? Estou preparado(a) para lidar com essas situações?
  6. Como é a comunicação e o apoio por parte dos superiores e da equipe de trabalho? Serei capaz de contar com o suporte necessário?
  7. Qual é a minha capacidade de estabelecer limites saudáveis entre trabalho e vida pessoal enquanto desempenho essa função de liderança?
  8. Estou ciente dos sinais de estresse, ansiedade ou sobrecarga que podem indicar que estou em uma situação de liderança precarizada?
  9. Como posso promover a minha saúde mental e bem-estar enquanto exerço essa posição de liderança?
  10. Estou disposto(a) a buscar ajuda e suporte, tanto dentro da empresa quanto externamente, se perceber que estou enfrentando uma situação de liderança precarizada?

Responder a essas perguntas pode ajudar a pessoa a refletir e avaliar se a posição de liderança que está prestes a assumir pode se encaixar no contexto de liderança precarizada e quais medidas preventivas ou de autocuidado podem ser adotadas.

 

Opinião por Claudia Miranda Gonçalves
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