Líderes da base aliada reagem à articulação para aumento do IR

Resistência ao aumento da alíquota para renda acima de R$ 20 mil veio de partidos como o PP, DEM e até mesmo o PMDB, do presidente Michel Temer

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BRASÍLIA - Líderes dos principais partidos da base aliada reagiram nesta terça-feira, 8, a articulação da equipe econômica do governo de aumentar a alíquota do Imposto de Renda (IR) para contribuintes que ganham acima de R$ 20 mil por mês

"Meu partido não vota um real de aumento de imposto", disse o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL). "Sou totalmente contra. Aumento de imposto não passa, pode fazer o que quiser", complementou o líder do PTB na Casa, deputado Jovair Arantes.

Equipe econômica estudava a criação de uma alíquota de 30% ou 35% de IR para quem ganha mais de R$ 20 mil mensais Foto:

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A resistência vem até mesmo do PMDB, partido de Temer. "O momento não é oportuno para qualquer tipo de aumento de imposto", disse o líder da sigla na Casa, Baleia Rossi (SP). Para ele, o governo só conseguirá aumentar impostos se for por decreto. 

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Para o líder do DEM, Efraim Filho (PB), o aumento de impostos deve ser a última opção adotada pelo governo. "O momento é de controlar gastos governamentais e fortalecer mecanismos de combate à corrupção", afirmou o parlamentar paraibano.

Como adiantou nessa segunda-feira, 7, o Broadcast, a equipe econômica estuda aumentar de 27,5% para 30% ou até 35% a alíquota do IR para contribuintes que recebem acima de R$ 20 mil mensais. Pelos cálculos da equipe econômica, a medida pode reforçar o caixa da União em R$ 4 bilhões em 2018.