Lira permite votação remota na Câmara para facilitar aprovação da reforma tributária

Presidente da Câmara permitiu que votação seja feita por meio de um aplicativo entre hoje e amanhã

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BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), permitiu que os deputados marquem presença e votem de forma remota, por meio de um aplicativo, hoje e amanhã, para facilitar a aprovação da reforma tributária. A decisão foi publicada nesta quinta-feira, 6, no Diário Oficial da Câmara.

Em meio ao esforço concentrado para destravar a pauta econômica, Lira havia permitido até ontem apenas marcação de ponto e votação presencial. O objetivo era fazer com que todos os deputados fossem a Brasília para as reuniões com as bancadas partidárias sobre as matérias a serem votadas.

Presidente da Câmara permitiu que votação seja feita por meio de um aplicativo entre hoje e amanhã  Foto: Bruno Spada / Agência Câmara

Agora que as pautas já foram discutidas pelos deputados, o uso do aplicativo para marcar presença e votar facilita a obtenção de quórum para analisar a reforma tributária. Como se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o texto precisa do apoio de no mínimo 308 parlamentares da Casa, em dois turnos de votação.

Lira iniciou ontem a discussão da reforma no plenário, e a expectativa é que a votação comece hoje a partir das 18h. Discutida há mais de 30 anos, a matéria que simplifica a cobrança de impostos sobre o consumo ganhou força neste ano e foi destravada após intensas negociações com governadores, prefeitos e setores econômicos.O presidente da Câmara elegeu a reforma tributária como a prioridade do semestre. Em janeiro, ele criou um grupo de trabalho para avançar na discussão do texto, relatado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A coordenação da equipe ficou a cargo do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).O GT encerrou os trabalhos no começo de junho e, desde então, diversos atores políticos vinham negociando os detalhes. Lira convocou um esforço concentrado de votações para esta semana e fez um apelo para que a proposta não fosse transformada em uma “batalha político-partidária”.

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