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Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

Opinião|É civilizatório incluir o ESG na agenda de modernização da economia

Os princípios ESG têm por filosofia o compartilhamento, a empatia e a seriedade como alternativas para a construção de um mundo melhor

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Foto do author Luiz Carlos Trabuco Cappi

Há tempos incorporados à agenda corporativa, os pilares ESG de compromissos com o crescimento sustentável, o desenvolvimento social e a governança ética são reconhecidos de forma crescente pelos consumidores como um diferencial. O engajamento com modelos de produção e prestação de serviços que atendam aos preceitos reunidos na sigla é respeitado globalmente como fator de criação de riquezas aos acionistas, consumidores e na economia.

No Brasil, houve avanços significativos na compreensão da importância de se preservar o meio ambiente como resposta contra as mudanças climáticas. Um exemplo sem retoques desse progresso pode ser visto no agronegócio, que tem desenvolvido meios para rastrear suas cadeias produtivas e recuperar áreas degradadas, além de muitas outras inovações.

Agronegócio tem desenvolvido meios para rastrear suas cadeias produtivas e recuperar áreas degradadas  Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

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Igualmente, é exemplar a transformação das empresas no que diz respeito aos seus compromissos sociais. No ano passado, uma pesquisa da consultoria Korn Ferry com 250 companhias nacionais indicou que 85% delas aceleraram seus esforços relativos ao tema nos últimos 12 meses ao instituir programas de diversidade, voluntariado, equidade e inclusão.

No pilar da governança corporativa, porém, os dados demandam cuidados. A crise causada pela pandemia combinada a uma política monetária restritiva gerou dificuldades não só no aspecto operacional, mas também na governança de algumas empresas.

O cenário é desafiador, mas vem sendo superado por meio de muita negociação, sobriedade e transparência.

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Esse fenômeno, por si, afeta naturalmente o ambiente dos negócios e dificulta o avanço do empreendedorismo, pois interrompe a fluidez dos ciclos de fornecimento, enxuga fluxos financeiros e eleva os juros do crédito. E esse cenário causa preocupação.

Os agentes econômicos devem, portanto, reforçar alguns cuidados em relação à governança do mundo corporativo, no que diz respeito aos comportamentos de transparência e ética como preceitos basilares.

Os princípios ESG têm por filosofia o compartilhamento, a empatia e a seriedade como alternativas para a construção de um mundo melhor, seguindo uma trilha de respeito às regras morais e de compliance.

Não sem razão, a sociedade se movimenta para criar uma rede de proteção contra eventos que conspirem contra os princípios do ESG. É salutar e civilizatório discutirmos e incluirmos essas questões na agenda de modernização e eficiência da economia.

Opinião por Luiz Carlos Trabuco Cappi

Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

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