Aempresária Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, que foi apontada pela revista 'Time' nesta semana como uma das 100 personalidades mais influentes do mundo, afirmou nesta sexta-feira, 17, não ter interesse na carreira político-eleitoral. "Não conversei com o Lula nem com nenhum outro político."
Por sua atuação e sua imagem, ela vem sendo cortejada por políticos para compor uma chapa à presidência da República. O PT é um dos partidos que pensam nisso. Por isso, provocou um burburinho o fato de o texto da Time apresentando a empresária ter sido assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Luiza garantiu só ter ficado sabendo desse fato às 7h da quarta-feira, 15, quando o anúncio foi feito. "Achei que ele foi super isento, foi bem escrito. Sou aquilo que ele escreveu", disse.
A empresária afirmou que não conversou com Lula nem antes nem depois de o texto da Time vir a público. Questionada se falaria com o ex-presidente depois do prêmio, ela disse querer aproveitar esse caso para unir o País.
“Não conversei com o Lula, nem tive tempo. Não tenho conversado com nenhum político desde que estou no Unidos pela Vacina (grupo que reúne empresários e executivos para auxiliar na distribuição de imunizantes pelo País)”, disse.
Luiza também disse ser a favor de um programa de renda mínima para a população brasileira. Mas afirmou discordar de que isso seja feito via aumento de impostos, referindo-se à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado pelo governo Jair Bolsonaro na quinta-feira, 16.
“Vou ser curta e grossa. Qualquer aumento de imposto num momento de recessão é ruim. Temos de fazer mais com menos, e não mais com mais. Não dá mais. Como vai ser feito, é um exercício. Fazer mais com mais é fácil. Não se tira o País da pobreza sem passar pela renda mínima, (o vereador e ex-senador Eduardo) Suplicy já fala isso em vários livros”, afirmou.
Protagonismo
Em entrevista a um grupo de jornalistas sobre a premiação, Luiza disse nunca sonhou em ser famosa. Mas ressaltou que sempre foi protagonista, desde menina. “Nunca culpei os outros pelo Brasil não dar certo e acho que o País é meu e tenho que ajudar.”
Além do prêmio da revista Time, a empresária lembrou que, nos últimos anos tem estado entre os líderes de maior reputação mundial, de acordo compesquisa de uma consultoria espanhola. “Toda vez que recebo isso, sei que aumenta a minha responsabilidade, mas não tenho o papel de ser perfeita, não entro nesse jogo, e não vou ser unanimidade nunca.”
Quanto aos planos para o futuro, ela disse que o Movimento Mulheres do Brasil, do qual é líder, tem três pautasprioritárias em andamento. “Temos trêsprojetos muito grandes. Um é o planejamento estratégico do Brasil baseado nos pilares de educação, saúde, emprego e habitação para os próximos dez anos”, afirmou.
O outro projeto é ter 50% de mulheres em cadeiras cativas na política.E o terceiro é voltado para Ciência na Saúde. “Precisamos investir, temos cientistas maravilhosos.”
Por fim, a empresária demonstrou que está longe da política partidária. “Essessão projetosmuito bons para o Brasil e acho quea gente pode fazer muito mais fora dos partidos e com os partidos do que dentro dos partidos”, afirmou.
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