BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira, 16, que o salário mínimo vai subir para R$ 1.320 a partir de 1º de maio, Dia do Trabalhador, como antecipou o Estadão. O valor era de R$ 1.212 no ano passado, subiu para 1.302 em janeiro e agora vai ter um novo reajuste. A faixa de isenção do Imposto de Renda, por sua vez, vai subir para R$ 2.640, o que vai corresponder a dois salários mínimos, como também antecipou o Estadão. Depois, informou o petista, haverá elevação gradativa para R$ 5 mil na isenção do Leão, uma promessa de campanha.
“Está combinado com o ministro Haddad que a gente vai, em maio, reajustar para R$ 1.320 e estabelecer nova regra para o salário mínimo, que a gente já tinha no meu primeiro mandato. O salário terá lei da reposição inflacionária e crescimento do PIB”, disse Lula em entrevista à CNN Brasil. A emissora divulgou há pouco um trecho da conversa, que vai ao ar na íntegra às 18 horas.
Conceder um reajuste real mais alto do salário mínimo foi uma demanda do presidente, que pediu à equipe econômica uma busca com lupa por espaço no Orçamento. A elevação deve custar cerca de R$ 4,3 bilhões neste ano. O dinheiro deve sair de uma revisão dos beneficiários do Bolsa Família, que começará em março, como mostrou o Estadão, e pode gerar uma economia de até R$ 10 bilhões, segundo avaliação inicial do governo.
No caso do IR, nas contas da XP, o impacto fiscal de subir a isenção para dois novos salários mínimos a partir de maio deve custar cerca de R$ 10 bilhões.
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