O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado, 17, em cerimônia em Abaetetuba, no Pará, que a inflação “seguirá baixando”, e isso deve colaborar com a retomada do crescimento econômico.
As declarações do presidente foram dadas às vésperas da reunião do comitê de política monetária do Banco Central para discutir a nova taxa básica de juros da economia, a Selic, marcada para quarta-feira. Apesar da queda da inflação registrada na última medição do IBGE, no entanto, a expectativa de alguns analistas do mercado é a manutenção do índice em 13,75%.
“Eu disse que o preço da gasolina ia baixar. Do diesel, da carne, dos alimentos também. Já estão baixando e vão baixar mais ainda. E vamos diminuir a inflação e gerar mais empregos. A roda gigante da economia vai girar”, disse durante entrega de 222 unidades habitacionais do Residencial Angelin, em Abaetetuba (PA).
Leia mais
Na mesma cerimônia, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), fez novas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e à taxa de juros do País.
“Só falta agora o resquício bolsonarista lá no Banco Central, o tal do Roberto Campos Neto, começar a baixar a taxa de juros que ninguém segurará este País”, disse Randolfe, durante evento. “Iremos crescer, sobretudo para dar dignidade aos brasileiros”, acrescentou.
Projeções do mercado
As projeções feitas semanalmente pelos analistas de mercado para a inflação voltaram a cair enquanto as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) estão em alta, segundo o Boletim Focus. Após a queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio (0,23%), a previsão para a inflação oficial deste ano na Focus caiu de 5,69% para 5,42%.
No PIB, as projeções subiram de 1,68% para 1,84%, contra 1,02% há um mês.Lula afirmou que sua eleição se deve ao “povo pobre trabalhador”, não à elite brasileira. “Eu governo para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, mas serão as pessoas mais humildes, vulneráveis que merecem atenção do Estado brasileiro, da prefeitura e dos governadores”, disse.
Minha Casa, Minha Vida
Lula afirmou que sua eleição se deve ao “povo pobre trabalhador”, não à elite brasileira. “Eu governo para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, mas serão as pessoas mais humildes, vulneráveis que merecem atenção do Estado brasileiro, da prefeitura e dos governadores”, disse.
“Uma cidade, um Estado ou um país em que apenas uma minoria da sociedade tem muito dinheiro e o resto não tem nada é um Estado que tem miséria, fome, desemprego, violência, prostituição e muitas vezes é dominado por coisas que a gente não gostaria”, disse. “Mas num país em que, em vez de pouco ter muito dinheiro, se todos tiverem pouco dinheiro, significa progresso, desenvolvimento, consumo, emprego, salário, educação, porque o dinheiro do País precisa circular para que todos possam ter aquilo que eles produzem”, acrescentou.
As moradias entregues hoje fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida e beneficiam 888 pessoas que se enquadram na Faixa 1, com renda mensal bruta de até R$ 2.640. O ministro das Cidades, Jader Filho, participou da cerimônia de entrega das chaves.
O Senado aprovou, na terça-feira, 13, a medida provisória (MP) do programa habitacional. A aprovação trouxe de volta um dos programas-símbolos dos primeiros governos do PT. Terá custo de R$ 10 bilhões, bancado pelo Orçamento da União. O objetivo é possibilitar que famílias comprem um imóvel para residir.
No discurso, Lula falou sobre a aprovação no Congresso: “E essas novas casas terão uma sacada. Serão casas um pouco maiores. O conjunto habitacional terá uma biblioteca. E teremos empreendimentos para a classe média.”
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.