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‘Dívida do Brasil não é dívida, é troco, de tão pequena se comparada a de outros países’, diz Lula

Em reunião do Conselhão, presidente também criticou bancos privados de preferirem investir em título público a conceder crédito

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira, 27, a ampliação dos investimentos públicos, desde que os gastos permitam o aumento de patrimônio. “Vamos parar de olhar a dívida pública brasileira com o medo que se olha. Dívida do Brasil não é dívida, é troco, de tão pequena que é se comparada a de outros países”, disse.

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A dívida pública do Brasil hoje é de R$ 8,3 trilhões, o equivalente a 75,7% do Produto Interno Bruto (PIB). O pico da série da dívida bruta foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

As declarações do presidente foram dadas durante a 3ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o chamado Conselhão, que reúne ministros do governo, membros do Congresso e representantes de setores do empresariado, movimentos sociais e da sociedade civil.

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a 3ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

“O que falta para nós é um pouco de senso de responsabilidade e de amor por esse País. Como vamos fazer empresários investir se o mercado não reage? O mercado geral, que envolve 203 milhões de habitantes”, afirmou ao citar a necessidade de garantir poder de compra e disponibilidade de crédito.

Segundo o presidente, o desafio para o crédito tem sido percebido nos últimos 15 meses com dados que apontam maior volume de empréstimos por parte dos bancos públicos na comparação com os privados. “Possivelmente porque alguns bancos estão comprando títulos do governo, porque interessa comprar com a taxa de juros em 10,5%”, disse.

O presidente defendeu investimentos em educação e disse ser preciso “mudar o conceito e saber que investir em educação é o mais extraordinário investimento”. “Ao invés de saber o quanto custa isso, vamos ver o quanto custou não investir na hora certa”, defendeu.

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