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Lula diz que vai ‘lutar por acordo’ entre Mercosul e União Europeia, após críticas de Macron

Em reunião com o chanceler Olaf Scholz, presidente brasileiro disse que não desistirá do acordo enquanto não conversar com todos os presidentes dos blocos

Foto do author Caio Spechoto

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 4, que não vai desistir do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Ele deu a declaração ao lado do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, criticar a proposta em discussão.

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“Não vou desistir do acordo enquanto não conversar com todos os presidentes e ouvir o ‘não’ de todos”, disse Lula. Ele afirmou que vai “lutar” pelo acerto enquanto acreditar na possibilidade de concluí-lo.

“Depois de 23 anos (discutindo o tema), se a gente não concluir o acordo é porque estamos sendo irrazoáveis”, declarou o brasileiro. Ele falou sobre a possibilidade de Scholz conseguir convencer Macron e também o governo argentino sobre o acerto entre os dois blocos.

O petista também afirmou que respeita a posição da França, e que essa postura antecede a chegada de Macron ao poder. O presidente brasileiro afirmou esperar que a União Europeia decida se tem interesse em “um acordo equilibrado”.

O chanceler alemão, Olaf Scholz (E), e o presidente Lula se reuniram nesta segunda-feira na Alemanha Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Lula também disse que Brasil e Alemanha reforçarão a colaboração na área ambiental. Também disse que ambos concordaram em enfrentar forças antidemocráticas. Além disso, o brasileiro disse que reiterou o convite para Scholz participar da Conferência do Clima em Belém.

O chanceler da Alemanha, por sua vez, disse apoia o acordo entre UE-Mercosul, em um contraponto à fala de Macron. “Seria muito bom que o acordo fosse assinado”, disse. Segundo Scholz, é possível conseguir maioria para aprovar o acerto nas instâncias europeias depois de concluídas as negociações.

Segundo ele, o acerto seria bom para as relações entre a União Europeia e o Mercosul. O chanceler da Alemanha disse também que pretende criar empregos por meio da transformação de matérias-primas no Brasil.

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