BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou com ministros e líderes do governo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de corte de gastos que traz alterações no abono salarial, dentre outras medidas, em reunião nesta segunda-feira, 2. Segundo pessoas que acompanharam as negociações, porém, o governo ainda não fechou o pleito dos militares e é possível que haja outro encontro para tratar sobre o tema.
A PEC traz pontos como alterações no abono salarial, no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), autorização para ajuste orçamentário em subsídios e subvenções e variação de recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) ao IPCA.
De acordo com a Casa Civil, ela ainda deve ser publicada nesta noite de segunda-feira, 2,no Diário Oficial da União (DOU).
Apesar da decisão sobre a PEC, ainda não foi fechado o pleito que os militares fizeram a Lula. Um dos pontos em aberto é sobre as novas regras da Previdência dos integrantes das Forças Armadas.
No sábado, 30, Lula se reuniu com o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes do Exército, general Tomás Paiva, da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, e da Marinha, almirante Marcos Olsen, para tratar sobre o pacote fiscal.
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No encontro, eles disseram ao chefe do Executivo que as Forças Armadas estão solidárias com o pacote de corte de gastos do governo, mas argumentaram a favor de um alívio, particularmente, na criação da idade mínima de 55 anos para a passagem dos militares para a reserva remunerada.
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