Isenção de IR até R$ 5 mil: Lula reforça promessa de campanha, mas reconhece ser difícil

Presidente também disse que tabela do IR será revisada para que quem ganha até dois salários mínimos continue isento do pagamento

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Foto do author Sofia  Aguiar
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a promessa de isenção de Imposto de Renda a salários de até R$ 5 mil até 2026 e voltou a defender a cobrança sobre dividendos. De acordo com o presidente, contudo, tal compromisso é difícil, pois o governo terá de abrir mão de dinheiro e rearranjar seus gastos.

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“Tenho compromisso de chegar até o final do meu mandato isentando pessoas que ganham até R$ 5 mil do IR. É um compromisso de campanha, mas sobretudo, de muita sinceridade”, disse em entrevista ao programa “Bom Dia com Mário Kertész”, da Rádio Metrópole de Salvador (BA), nesta terça-feira, 23. “Neste País, quem vive de dividendo não paga Imposto de Renda, e quem vive de salário, paga.”

O presidente disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “sabe que tem de fazer esses ajustes”. “Eles são difíceis porque precisamos saber que, na hora que a gente abre mão de um dinheiro, temos de saber onde pegar outro dinheiro”, comentou. Lula disse também que o governo fará as mudanças para que quem ganha até dois salários mínimos por mês continue isento do pagamento do IR após o aumento do mínimo. Essa política foi implementada no ano passado.

Nesta segunda-feira, 22, no programa “Roda Viva”, da TV Cultura, Fernando Haddad já havia dito que o governo iria fazer uma revisão na faixa de isenção do IR. Isso porque, apesar de o salário mínimo ter subido de R$ 1.320 para R$ 1.412, a tabela do IR ainda não foi alterada. Se isso não for feito, quem ganha dois salários mínimos atualmente passará a pagar imposto.

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Lula prometeu revisar a tabela do IR para manter a isenção para quem ganha até dois salários mínimos Foto: Adriano Machado/Reuters

Na entrevista à rádio baiana, Lula também voltou a falar que o ano de 2023 foi para “arar a terra” e adubar para colher em 2024. Segundo o presidente, neste ano, o Brasil irá colher mais desenvolvimento e emprego.

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