Lula lamenta morte de Delfim: ‘Foi um dos maiores defensores do que fizemos em inclusão social’

Presidente disse ter criticado ex-ministro durante 30 anos, mas lembrou ter pedido desculpas na campanha de 2006: ‘Quando o adversário político é inteligente, nos faz trabalhar para sermos mais inteligentes e competentes’

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Por Redação
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou nesta segunda-feira, 12, a morte do ex-ministro da Fazenda na ditadura Delfim Netto, aos 96 anos. O economista e ex-deputado federal estava internado desde 5 de agosto no Hospital Israelita Albert Einstein em decorrências de complicações de saúde, segundo sua assessoria. Ele deixa filha e neto.

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“Durante 30 anos eu fiz críticas ao Delfim Netto. Na minha campanha em 2006, pedi desculpas publicamente porque ele foi um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social que implementei nos meus dois primeiros mandatos”, afirmou o presidente em nota.

Segundo Lula, Delfim “participou muito da elaboração das políticas econômicas daquele período”. “Quando o adversário político é inteligente, nos faz trabalhar para sermos mais inteligentes e competentes”, afirmou.

Então candidato à reeleição, Lula cumprimenta Delfim Netto, candidato derrotado a deputado federal, em 2006 Foto: Evelson de Freitas/Estadão

O petista ainda lamentou que, em um curto espaço de tempo, o Brasil perdeu “duas referências do debate econômico no país: Delfim Netto e Maria da Conceição Tavares”. Considerada um ícone do pensamento econômico desenvolvimentista ligada ao PT, Maria da Conceição Tavares morreu em junho deste ano, aos 94 anos.

“Fica o legado do trabalho e pensamento dos dois, divergentes, mas ambos de grande inteligência e erudição, para ser debatido pelas futuras gerações de economistas e homens públicos. Meus sentimentos aos familiares, amigos e alunos de Delfim Netto”, afirmou o presidente.

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