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Lula pede que plano de investimentos tenha novo nome para não usar marca ‘PAC’

Novo programa deve ser lançado pela equipe da Casa Civil até o final de abril

Foto do author Amanda Pupo
Foto do author Sofia  Aguiar
Atualização:

BRASÍLIA- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu que sua equipe de comunicação elabore um novo nome para o plano de investimentos do governo federal, sem usar o termo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) - marca das antigas gestões petistas na área de infraestrutura. Como mostrou o Estadão/Broadcast, a equipe da Casa Civil trabalha para entregar a nova carteira do plano de investimentos até o final de abril. Sem nome definido, ele vem sendo chamado de novo PAC. Lula, contudo, mostrou hoje que não quer usar mais esse marca, em nome de mostrar que seu terceiro mandato como presidente está “renovando e inovando”.

“Eu queria até sugerir ao nosso companheiro Pimenta que é importante colocar a criatividade da comunicação em funcionamento para gente criar um novo nome. O PAC foi muito importante, produziu muita coisa, mas se a gente puder criar um novo programa, é importante. Mostrar que a gente está renovando, inovando, que temos criativa para fazer outras coisas”, afirmou Lula na abertura da reunião com ministros para tratar de infraestrutura.

O ressurgimento de um programa aos moldes do PAC pelo governo Lula provoca reações mistas no mercado, como já mostrou o Estadão/Broadcast. Apesar de ser elogiado por ter previsto um planejamento de longo prazo para o País, o apoio a empreendimentos que não tiveram continuidade, seja por falta de recursos ou por projetos mal estruturados, é criticado até hoje. É nesse contexto que Lula pede a seus auxiliares para criarem uma nova marca.

Lula durante reunião com as equipes do PAC em 2008, no segundo mandato que exerceu. Programa tinha visava melhorar a infraestrutura do País Foto: Sergio Dutti / AE

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O presidente disse ainda estar orgulhoso do que os ministros entregaram nesses primeiros dois meses de governo, e pediu que os auxiliares apresentem no encontro o que é possível de ser entregue e inaugurado, além de relatarem eventuais dificuldades, inclusive de recursos, uma vez que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está presente na reunião. “Não tenham medo de falar de dificuldade, de falar de dinheiro, porque o homem está aqui. E esse é o lado bom do ministro da Fazenda, que é o sangue árabe dele”, afirmou.

O encontro acontece enquanto a Casa Civil corre para concluir o novo plano de investimentos do governo federal, ainda sem nome definido. O cronograma do programa também deve ser apresentado durante a agenda. A intenção é finalizar a carteira até o final de abril.

Além dos auxiliares das áreas de infraestrutura, o encontro conta com a presença dos ministros de Haddad e da ministra do Planejamento, Simone Tebet. De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, os ministros deverão apresentar pontos específicos sobre o Plano Plurianual (PPA) participativo, além da questão orçamentária. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também está presente na reunião.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, de acordo com fontes, Lula quer saber quanto de fato dos recursos previstos para este ano estarão empenhados em obras e o quanto deve sobrar - e ser automaticamente destinado para o resultado primário.

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Após as falas dos ministros, as Pastas farão uma apresentação sobre a situação e propostas de cada Ministério. Em seguida, o presidente terá um espaço, de cerca de 20 minutos, para fazer perguntas e sugestões em relação a cada Pasta.

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