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‘Não tenho que prestar contas a nenhum ricaço ou banqueiro, mas ao povo pobre’, diz Lula

Durante evento na Bahia, presidente criticou gestões anteriores que, segundo ele, teriam paralisado obras iniciadas nos seus primeiros mandatos

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, 1º, que não precisa “prestar contas a nenhum ricaço” e a “nenhum banqueiro” no Brasil e disse que seu dever nesse sentido é com o “povo pobre”.

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A declaração ocorreu durante solenidade em Salvador, na Bahia. Na ocasião, Lula criticou gestões anteriores que, segundo ele, teriam paralisado obras iniciadas nos seus primeiros mandatos.

“Esses canalhas pararam as obras e não fizeram, num total desrespeito às necessidades do povo desse país. É por isso que eu tenho dito que eu não quero governar o País, eu quero cuidar deste País”, declarou.

Lula prosseguiu: “Eu quero cuidar como a gente cuida de qualquer coisa que a gente ama, de qualquer coisa que a gente gosta, porque eu também aprendi que aquilo que os olhos não veem, o coração não sente”.

Lula participa de cerimônia em Feira de Santana, na Bahia, nesta segunda-feira Foto: Ricardo Stuckert / Presidencia da Republica

Em seguida, o presidente mencionou as suas viagens pelo Brasil e, então, criticou os mais ricos e os bancos.

“Quando eu vejo a cara de vocês, quando eu vejo a alegria de vocês, quando eu vejo a raiva de vocês, às vezes, eu falo: ‘Graças a Deus, eu enxerguei o meu povo e é para ele que eu tenho que fazer as coisas neste País’. Eu não tenho que prestar contas a nenhum ricaço neste País, eu não tenho que prestar contas a nenhum banqueiro neste País”, disse.

O presidente acrescentou: “Eu tenho que prestar contas é ao povo pobre e trabalhador deste País, que precisa que a gente tenha cuidado e que a gente cuide deles”.

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Nos últimos dias, Lula tem repetido acusações aos bancos de “ganhar dinheiro com juros altos”, por conta da decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,50%. O presidente também tem levantado suspeitas de supostos ataques especulativos ao real, o que teria como resultado a alta do dólar.

A moeda americana fechou esta segunda com uma alta de 1,16%, em R$ 5,6533, a maior cotação desde 10 de janeiro de 2022. O real apresenta o pior desempenho entre seus pares latino-americanos.

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