BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou a ministros nesta quinta-feira, 15, que quer prorrogar o programa automotivo que concede desconto no valor de carros, caminhões e ônibus. O desejo do presidente, que depende de mais recursos orçamentários que o previsto inicialmente pelo Ministério da Fazenda, foi transmitido durante a reunião ministerial que o petista conduz desde a manhã desta quinta-feira, 15.
Lula teria interrompido o ministro Fernando Haddad para elogiar a medida e declarar que o programa é um “sucesso”. Mais tarde, porém, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo não tem planos de ampliar a iniciativa. Segundo ele, o comentário de Lula foi uma “brincadeira”.
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Balanço divulgado na quarta-feira pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Midc) mostrou que, do montante de R$ 1,5 bilhão de crédito disponibilizado, R$ 340 milhões já foram solicitados pelo setor. Dessa parcela, R$ 150 milhões servirão para os bônus aplicados aos carros, que têm um subsídio total de R$ 500 milhões.
Ao ser questionado sobre o programa ainda na quarta, Haddad disse que não haveria margem para ampliar os créditos para montadoras de veículos leves, que já pedem mais recursos, além dos R$ 500 milhões reservados para automóveis.
Já o ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, desconversou sobre a possibilidade de o governo ampliar o programa. “Não tem nenhuma decisão a esse respeito”, respondeu também na quarta. A partir da insistência de repórteres sobre a questão, o vice declarou: “Cada coisa a seu tempo”.
Para bancar o crédito de R$ 1,5 bilhão destinado ao programa, o governo decidiu reonerar parcialmente o diesel já neste ano. A partir de setembro, voltarão a incidir 11 centavos dos 35 centavos que seriam aplicados no combustível apenas em 2024.
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