Lula volta a dizer que, se Trump taxar produtos brasileiros, haverá reciprocidade

Segundo presidente brasileiro, Trump deveria parar com o protecionismo e ‘respeitar a soberania de cada país’; petista afirmou que Brasil trabalha para abrir mercado com países asiáticos

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BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 20, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “foi eleito presidente dos Estados Unidos e tem que cuidar dos Estados Unidos”. Segundo o petista, Trump “está querendo ser presidente do mundo” e virar “o imperador do mundo”.

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“Ele (Trump) tem que tomar muito cuidado com o que fala porque está fazendo um papel que não faz parte da história dos EUA”, disse o presidente brasileiro em entrevista à Rádio Tupi FM do Rio.

“Queremos que Trump pare com o protecionismo. Em 1980, quando se estabeleceu o Consenso de Washington, a palavra de ordem era o livre comércio. Agora é o contrário. Ele está taxando os produtos de todos os países. Isso vai aumentar o preço das coisas nos EUA, pode não ser uma boa política para os EUA. Gostaria que Trump levasse em conta que é preciso respeitar a soberania de cada país”, completou.

Segundo Lula, Trump não 'mede as consequências de suas falas' Foto: Wilton Junior/Estadão

Lula repetiu que se Trump taxar produtos brasileiros, haverá reciprocidade por parte do governo brasileiro. O presidente da República disse que o norte-americano “não mede as consequências de suas falas” e que ele “deveria fazer menos ofensas aos seus parceiros”.

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O petista afirmou, também, que sua administração tem trabalhado para abrir mercados mundo afora para os produtos brasileiros.

“Já abrimos mais de 155 mercados desde que tomei posse. Estou indo ao Japão agora e queremos que o Japão compre nossa fruta, nossa carne, nossa soja, nosso milho. Depois vou ao Vietnã também. Na Coreia também queremos abrir mercado”, declarou.