Mantega: meta é ter superávit nominal em 2010

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje, em Campinas, que o governo quer alcançar o superávit nominal até 2010 e que, para isso, vai conter a alta dos gastos correntes, sobretudo os gastos com pessoal. "Nós poderemos alcançar isso até 2010, essa é uma meta que eu tenho, uma meta da área econômica do governo e esse superávit será conseguido com o controle de aumento de gastos públicos", disse o ministro. Mantega explicou que o resultado nominal é o que mais interessa pois é a soma dos gastos operacionais com a conta financeira. "O Brasil ficou muito tempo patinando com o desequilíbrio fiscal e tinha de olhar só para uma parte do resultado fiscal, que é o primário. Então se olhava o primário e não se olhava o resultado nominal", argumentou. "Aparentemente", afirmou o ministro, "se dizia que havia um superávit primário como se as contas estivessem equilibradas, quando, na verdade, se coloca a conta de juros e há déficit nominal". "Só que agora, como estamos melhorando o resultado fiscal, acho que chegou o momento de evoluir, valorizar, perseguir agora um superávit nominal, ter um resultado total das contas públicas positivo, incluindo também a conta de juros", reforçou. Mantega falou que o governo trabalha pela aprovação de projeto de lei para contenção de gastos com pessoal nas esferas federal, estadual e municipal. "Temos que vigiar os gastos correntes de um modo geral. Teremos contenção no aumento de gastos de pessoal, que é o segundo maior gasto que a União possui", afirmou. Ainda de acordo com o ministro, "depois de passado esse período de inflação mais alta, o Banco Central voltará à trajetória de juros que vinha perseguindo antes". Ele acrescentou que se pode observar que nos últimos três anos o Banco Central vinha reduzindo a taxa de juros e interrompeu essa redução a partir desse aumento inflacionário. Porém, uma vez debelado esse aumento inflacionário, haverá novamente redução de juros" disse Mantega.

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