Num mundo em que tudo parece descartável no ritmo de um clique de mouse, resgatar a própria história pode parecer descabido. Mas a TAM resolveu apostar nessa tendência do marketing que hoje começa a pipocar, até como resposta ao excesso de informações e relativizações da era digital que acaba por tornar tudo banal.
A TAM repaginou um avião A-319 nos moldes em que voava na década de 70 e pôs na malha viária na ponte aérea Rio-São Paulo. A aeronave ficou com carinha retrô à graças pintura externa, ao layout interno com estofamento das cadeiras, uniformes da equipe de bordo, e até a maneira de conduzir os procedimentos de vôo como se fazia nos anos 70.
Não há prazo para a finalização dessa ação. Batizada de Projeto Vintage, nasceu também com a função de chamar atenção para o museu que a empresa montou e reabre ao público a partir de 13 de junho. O Museu TAM, instalado em São Carlos, no interior de São Paulo foi ampliado de nove mil para 20 mil metros quadrados de aérea expositiva.
Como ação de marketing, a TAM quer mostrar aos passageiros que tem história para contar. E, quem tem memória e se orgulha dela, merece crédito do consumidor. É um bom argumento de vendas. Tanto que outras empresas, como alemã de artigos esportivos Adidas recorre a argumento semelhante nesse momento de Copa do Mundo. A Adidas se orgulha de ter farta história com sua participação em campo, coisa que os concorrentes não podem ofertar. Está contando isso em pílulas em site sobre o tema.
A próxima etapa do projeto da TAM remodela outra aeronave nos padrões da década 90, que vai entrar em rota na próxima segunda, dia 31. O resgate da memória e a valorização da cultura é uma marca da companhia que nasceu pequena e soube crescer até se tornar uma das maiores companhias aéreas do País. Uma empresa que soube potencializar argumentos para cativar clientes. Afinal, quem não lembra da figura do comandante da aeronave à porta, a beira de um tapete vermelho, dando boas vindas aos passageiros?
Membro da Star Alliance, a TAM lidera o mercado doméstico desde julho de 2003 e fechou o último mês de abril com 42,1% de participação de mercado. A companhia voa para 43 destinos no Brasil.
