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Implosão e resgate portuário dão origem a projetos laureados

Total de moradias, área dos terrenos e VGV de R$ 1,7 bi dão a dimensão das obras da construtora Cury no Rio de Janeiro

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ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Uma implosão no Irajá, quem diria, acabou dando origem ao empreendimento da Cury que levou o prêmio de Habitação Econômica no 29º Master Imobiliário. Outro troféu da construtora – Oportunidade Estratégica – foi conquistado com quatro condomínios no Porto Maravilha. Projetos de grande escala, respectivamente, na zona norte carioca e na região portuária do Rio de Janeiro, que revitalizaram locais em decadência.

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Os trabalhos premiados ocupam terrenos de 110 mil m², somam 6 mil apartamentos e valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,7 bilhão. A comissão julgadora do Master destaca a importância da recuperação de áreas abandonadas, que, com requalificação e sucesso comercial, ganham exposição e viram vitrine imobiliária, atraindo mais obras.

Os dois empreendimentos estão em localidades de revitalização urbana, incentivadas pela prefeitura do Rio e Janeiro, diz Leonardo Mesquita, vice-presidente da Cury, que vê alta demanda por imóveis em regiões com infraestrutura de serviços.

Irajá é um bairro com 100 mil moradores, farta oferta de transportes e comércio. Lá, havia uma fábrica de cimento, que espalhava poeira e foi desativada na década de 1980. O abandono tomou conta do local por 30 anos. Até que, em 2014, a implosão da cimenteira deu início a um projeto no coração da zona norte, conta o executivo da Cury.

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Enquadrado no programa Minha Casa, Minha Vida, o complexo Irajá – em parceria com a Living, marca de médio padrão da Cyrela – registrou um VGV de R$ 430 milhões com os cinco condomínios clubes. Nos três primeiros – Dez Zona Norte, Vista Alegre e Dez Irajá –, a tipologia básica era dois dormitórios.

Complexo Irajá é marco de recuperação de zonas industriais obsoletas.  Foto: Cury

O mix se tornou abrangente tanto na construção do Urban, com um dormitório, como na do Mérito Zona Norte, torre com 211 unidades de um a três quartos, opções de suíte e varanda. O júri do Master justificou o prêmio como “referência de recuperação de zonas industriais obsoletas, tão essencial para a solução do déficit habitacional nas metrópoles”.

Hoje, 10 mil pessoas moram nos cinco condomínios, afirma o vice-presidente da Cury. “Todos entregues e tudo vendido. São 2 mil apartamentos, com preços de R$ 200 mil até R$ 350 mil.” Irajá é um bairro que atrai gente da Baixada Fluminense. Com perfil de renda entre 7 e 8 salário mínimos, os moradores se mudam para lá acreditando em melhorar sua qualidade de vida.

Outro exemplo de transformação urbana ocorreu na zona portuária, com grandes condomínios – Rio Wonder, Energy, Pateo Nazareth e Epicentro – e mix variado, de estúdios até três quartos. São 4 mil unidades lançadas em dois anos, quase todas vendidas. Os apartamentos, que custam de R$ 280 mil a R$ 750 mil, serão todos entregues até 2026.

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“Teremos 16 mil pessoas vivendo lá”, calcula Mesquita, dizendo que 30% dos futuros moradores não são da capital carioca, vindos de Niterói e da Baixada. “O centro do Rio tem grande poder de atração.” Ano que vem, haverá novo lançamento no Porto Maravilha, onde a Cury tem um banco de terrenos para 2.500 unidades.

Quatro condomínios foram lançados em 2 anos no Porto Maravilha.  Foto: Cury

Historicamente, a degradação da zona portuária foi piorando com os anos. Em 2009, a prefeitura lançou o Porto Maravilha, com área de 5 milhões de m². A ideia inicial era desenvolver edifícios comerciais, mas não deu certo. Vieram etapas de requalificação urbana e investimento em mobilidade e cultura, com túneis, parques, o VLT carioca e ciclovias, além do Museu do Amanhã.

Em 2021, a Cury foi a pioneira. “Adensamento populacional não ocorria até que a Cury apostasse nessa região carente de habitações”, endossa o júri do Master. “Hoje, a realidade é a implantação de 4 grandes condomínios, de R$ 1,3 bilhão em lançamentos e R$ 1,2 bilhão em vendas.”

Mesquita fala dos efeitos positivos de morar perto do trabalho e depender menos dos transportes. “Traz mais benefícios explorar regiões centrais, degradadas, do que lugares mais distantes”, afirma. “Os prêmios mostram isso. Dois grandes projetos, um consolidado e outro em implantação”, acrescenta.

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