Material roubado estava em sonda na bacia de Santos, diz PF

Dado reforça suspeita de que as informações furtadas tinham relação com os campos de Tupi e Júpiter

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Por Camila Moreira, Marcelo Teixeira e da Reuters

A delegacia da Polícia Federal em Macaé (RJ) informou nesta sexta-feira, 15, que os equipamentos com dados sigilosos roubados da Petrobras estavam originalmente em uma sonda da estatal na bacia de Santos, região onde está localizado o megacampo de petróleo de Tupi e a grande reserva de gás e condensado Júpiter.   Veja também: PF vai apurar em sigilo furto sofrido pela Petrobras 'País precisa de lei contra espionagem industrial'   Segundo descrição preliminar dos fatos repassada pela PF para jornalistas por telefone, foram furtados quatro laptops, e não dois como inicialmente divulgado, e dois pentes de memória RAM.   De acordo com o relato da Polícia Federal, os equipamentos "estavam em um contêiner que foi trazido de uma sonda da bacia de Santos para o Rio de Janeiro e em seguida para Macaé, chegando no dia 30 de janeiro nesta cidade".   "Somente no dia 31 de janeiro os funcionários da empresa Halliburton perceberam que o cadeado que fechava o contêiner havia sido substituído", acrescentou a polícia. Assim, não há clareza sobre o momento em que o roubo ocorreu, no trajeto desde a sonda até Macaé.   Os equipamentos estavam sob a guarda da norte-americana Halliburton, que presta serviços para a Petrobras.   O dado repassado pela PF reforça a suspeita de que as informações armazenadas nos computadores tinham relação com a camada ultraprofunda pré-sal, onde estão as reservas de Tupi e Júpiter.   A Petrobras, apesar de ter confirmado o roubo e informado que os computadores armazenavam dados importantes para a companhia, não forneceu detalhes sobre quais informações seriam essas.   A camada pré-sal, que se estende por 800 quilômetros ao longo da costa brasileira, é foco de forte interesse no setor de petróleo desde que a Petrobras confirmou reservas recuperáveis de 5 a 8 bilhões de barris em Tupi.   A estatal considera a região do pré-sal como de risco exploratório quase zero, ou seja, todo poço perfurado possui grande chance de encontrar petróleo ou gás.

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