Mercadante quer BNDES e ex-governador Wellington Dias passa a ser cotado para Planejamento

Indicação para a Petrobras é considerada pelo governo de transição um dos problemas mais complexos

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Foto do author Adriana Fernandes
Atualização:

BRASÍLIA - Apesar das especulações de que poderá ser indicado para a Petrobras, o economista Aloizio Mercadante está motivado para comandar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo apurou o Estadão.

Wellington Dias é um dos nomes cotados para o Ministério do Planejamento Foto: Ed Ferreira/Estadão

Para o Ministério do Planejamento, conversas recentes indicam novamente a possibilidade de escolha de um ex-governador para o cargo. Entre os cotados novamente está Wellington Dias, ex-governador do Piauí e senador eleito.

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O economista Andre Lara Resende continua no páreo. Segundo um interlocutor do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Resende “tem uma visão contemporânea e grande conhecimento” e terá espaço se quiser participar do novo governo.

A indicação para a Petrobras é considerada no governo de transição um dos problemas mais complexos e o nome de Mercadante foi citado para o cargo. Nesta segunda-feira, 12, ao chegar para a cerimônia de diplomação, Mercadante afirmou que desconhece iniciativa no governo de transição de alterar a Lei das Estatais, o que abriria brecha para sua indicação ou do senador Jean Paul Prates (PT-RN). Ele não respondeu se seria indicador para assumir a petroleira ou o banco de fomento.

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A interlocutores, o economista do PT e coordenador dos grupos de trabalho do governo de transição tem sinalizado preferência para o BNDES, alvo de estudos dele sobre a reindustrialização e incremento do crédito privado.

Na sexta-feira passada, o Estadão antecipou que Mercadante era o nome mais forte para comandar o BNDES, informação que não foi negada por sua assessoria. Não se descarta, porém, uma vaga num ministério para Mercadante, que é considerado uma espécie de “curinga” no xadrez político que Lula tenta fechar nos próximos dias.

O nome para comandar o banco público, que terá relevância na política econômica do próximo governo, só será divulgado conjuntamente com a indicação do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Trata-se, segundo fontes, de uma questão de “hierarquia” na estrutura da Esplanada, assim como foi com o anúncio conjunto do ministro da Justiça e do diretor-geral da Polícia Federal.

Fontes informam que avançaram a negociações para a indicação do presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp, Josué Gomes, para comandar o novo Mdic. Ele tem relação com Lula e apoio de setores empresariais. Gomes está na presidência deste janeiro. Uma nova assembleia da Fiesp foi agendada para o próximo dia 21, o que ampliou crise na entidade das indústrias paulista.

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Interlocutores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva afirmaram que ele pode atrasar um pouco os grandes anúncios porque quer conversar com as lideranças de União Brasil, PSD e MDB.

Já o ministro da Fazenda indicado por Lula, Fernando Haddad, deve anunciar nesta terça, 13, entre três e quatro nomes para a sua equipe. Bernard Appy é cotado para cuidar da reforma tributária. A avaliação é que Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal, acumulou muita experiência sobre a Reforma Tributária nos últimos 15 anos e o novo governo tem agora a oportunidade renovar essa agenda agora para a sua aprovação. O Estadão apurou que ele não recebeu convite para o Ministério do Planejamento

Como mostrou o Estadão, o economista Gabriel Galípolo é o preferido por Haddad para ser o secretário executivo do Ministério da Fazenda, mas há dúvidas se vai aceitar a vaga de número 2 da Fazenda. Pressões nesse sentido estão em andamento.

Haddad deve dar uma entrevista amanhã e falar um pouco dos seus planos à frente do Ministério da Fazenda. O economista Guilherme Mello é também cotado para a equipe de Haddad, mas seu nome é citado nos bastidores também para uma eventual equipe de Mercadante do BNDES.

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