O mercado imobiliário no primeiro semestre deste ano, apesar das turbulências que ocorreram no cenário político-econômico nacional e internacional, permaneceu aquecido. Os três primeiros meses do ano apresentaram um comportamento surpreendente. "Vendemos muito bem, principalmente para o segmento de baixa renda", relembra o empresário Basílio Jafet, vice-presidente de Incorporações do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Os imóveis para a população de menor poder aquisitivo configurava-se, no início do ano, como o produto que melhor se sairia no mercado. No entanto, as rigorosas exigências estabelecidas pela Caixa Econômica Federal (CEF), para financiamentos habitacionais, dificultaram a aquisição da casa própria. Por outro lado, as instabilidades financeiras, a alta do dólar e os baixos rendimentos dos fundos de investimentos, impulsionaram o mercado de imóveis de alto padrão, os fundos imobiliários e a venda pulverizada de flats e hotéis. "Com as unidades habitacionais que custam cerca R$ 200 mil obtive sucesso absoluto de vendas", diz o diretor da imobiliária Nossa Casa, Vanderlei Guerrero. Para Jafet, que também produz imóveis para a população de média e baixa rendas, apesar das dificuldades de financiamentos, das notícias de possível queda no número de empregos, as visitas aos estandes mantiveram-se em alta no semestre. "O momento é bom para comprar a casa própria e o mais atraente para quem quer fazer investimentos", garante Jafet.
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