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Bolsa sobe na reta final e acumula alta de 4,36% na semana

Anúncio de corte de gastos pelo governo pouco influenciou o movimento; dólar fechou em baixa, cotado a R$ 4,01

A Bolsa trabalhou em baixa até a última hora da sessão desta sexta-feira, 19, quando uma forte compra de papéis tirou o índice do negativo. A Bovespa conseguiu sustentar essa valorização até o final e garantiu uma alta de 4,36% na semana. 

A Bolsa brasileira avançou 0,16%, aos 41.543,40 pontos. Na mínima, marcou 41.071 pontos (-0,98%) e, na máxima, 41.828 pontos (+0,84%). No mês, acumula ganho de 2,82% e, no ano, perda de 4,17%. A alta acumulada da semana, de 4,36%, foi a maior desde a semana encerrada em 29 de janeiro (+6,24%). O giro financeiro totalizou R$ 4,312 bilhões, segundo dados preliminares. 

Bovespa abriu em queda no pregão desta sexta-feira Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO

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A entrevista dos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e do Planejamento, Valdir Simão, durante a tarde pouco influenciou o mercado acionário. A equipe econômica anunciou a limitação da expansão de gastos e um contingenciamento de R$ 23,408 bilhões no Orçamento deste ano, o menor desde 2010. A cifra já havia sido antecipada pelo Broadcast, serviço de informações da Agência Estado.

Pouco antes de o Ibovespa virar, as ações dos bancos já exibiam recuperação do desempenho de mais cedo, quando estavam no vermelho. Apenas Santander ainda continuou em baixa, repercutindo os rumores de que poderia ficar com a operação brasileira do Citi. Bradesco PN subiu 0,40%, Itaú Unibanco PN, 0,91%, BB ON, 1,09%. Santander unit, -0,64%.

Uma das pressões baixistas hoje foi o preço do petróleo, que recuou 3,67% no contrato para março negociado na Nymex, para US$ 29,64 o barril. Em Londres, o vencimento de abril terminou a US$ 33,01, em baixa de 3,70%. 

Petrobrás terminou com perda de 3,33% na ação ON (com direito a voto) e de 2,83% na PN (papel preferencial). Vale teve melhor sorte e subiu: +2,78% a ON e +4,07% a PNA. 

Câmbio. O dólar se consolidou em baixa ante o real na tarde desta sexta-feira, 19, com investidores usando como motivo para a venda de moeda o anúncio de contingenciamento do governo. Mais do que um "voto de confiança" nas medidas, o movimento foi resultado da liquidez baixa nos mercados, sendo que algumas vendas já impactaram as cotações mais do que o normal. O resultado foi a queda de 0,73% do dólar à vista, aos R$ 4,0198. 

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Pela manhã, havia certo viés de alta para o dólar, percebido mais claramente no mercado futuro (o mais líquido), em função do recuo do petróleo em Londres e em Nova York. A divisa à vista chegou a oscilar em baixa em vários momentos, em meio a ajustes técnicos em relação ao fechamento do dólar para março na sessão anterior.

Às 13h05, o dólar à vista marcou a máxima de R$ 4,0634 (+0,35%), mas no restante da tarde as cotações foram se enfraquecendo. "Na hora do almoço, tem acontecido de o dólar dar uma estilingada, para um lado ou para o outro. Depois ele acaba se acomodando", disse Marcos Trabbold, gerente de operações da B&T Corretora.

Essa acomodação coincidiu com o detalhamento, pelo governo, do corte no Orçamento de 2016. Profissionais disseram que o anúncio em si não motivou a perda do fôlego do dólar ante o real, porque não houve uma melhora de perspectiva em relação à economia. No entanto, investidores usaram as notícias que iam saindo para justificar algumas operações de venda de moeda. 

Como a liquidez era muito baixa, o movimento impactou as cotações e o dólar renovou várias mínimas. No piso do dia, já perto do fechamento, marcou R$ 4,0136 (-0,88%). Depois, encerrou nos R$ 4,0198. 

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