O dólar comercial abriu os negócios no mercado interbancário em leve alta, de 0,09%, negociado a R$ 2,154. O Banco Central dobrou ontem o limite que os bancos têm para comprar ou vender moeda estrangeira. Com isso, a exposição cambial passou de 30% para 60% do patrimônio das instituições financeiras. De acordo com a avaliação do próprio BC, segundo apurou o repórter Gustavo Freire, a medida por si só não deve resultar em alta das cotações no pregão desta quarta-feira. Mas nem todos concordam. De qualquer forma, o foco principal das atenções do mercado doméstico de câmbio hoje ainda deve ser o comportamento externo e os impactos dele na Bolsa de Valores de São Paulo e no fluxo de estrangeiros para ações, movimento que respinga no câmbio. Na agenda doméstica, o dia reserva um fato relevante para o mercado de câmbio: a divulgação, às 12h30, do resultado final do fluxo cambial de novembro. Na última parcial, o fluxo estava positivo em US$ 3,802 bilhões. A posição cambial dos bancos estava comprada em US$ 3,259 bilhões. No acumulado do ano, o fluxo estava positivo em US$ 38,492 bilhões até o dia 16 de novembro. Segundo os especialistas, a medida do BC, elevando o limite de exposição cambial dos bancos será avaliada pelos investidores durante esta manhã. De acordo com as primeiras avaliações, o maior efeito da medida deve ser psicológico. "Ao anunciar a mudança o BC mostra, mais uma vez, que está preocupado com o nível atual da taxa de câmbio e isso pode gerar algumas compras de moeda, resultando em pequena alta das cotações. Mas o fôlego disso é limitado", diz um analista.
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