Os mercados externo e o interno continuaram juntos nesta sexta-feira. Hoje os investidores voltaram suas atenções para a expectativa quanto ao resultado da próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e aos acontecimentos na Turquia. E o que prevaleceu foi uma piora no ambiente que atingiu diversos ativos, entre eles o real, que perdeu valor ante o dólar. A moeda americana fechou em baixa de 0,22%, a R$ 2,23 - a mesma cotação registrada no encerramento dos negócios no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Porém a queda na BM&F foi de 0,13%. As incertezas mundiais sobre inflação e taxas de juros, principalmente nos EUA, afetam a Turquia com maior intensidade do que a sentida em outros países. A deterioração internacional pegou o país em um momento de vulnerabilidade nos seus fundamentos e isso tem afastado investidores de seus ativos. Hoje, perante a forte volatilidade que era sentida na Turquia, o Banco Central interveio no mercado de câmbio. Segundo fontes do mercado, o risco do país chegou a subir 35 pontos no pior momento. A lira turca atingiu desvalorização de 5%. O estresse da Turquia tem endereço. Esta manhã, o mercado norte-americano de títulos do Tesouro americano aumentou significativamente as apostas em elevação mais forte das taxas de juros básicas da economia dos EUA. Agora, os investidores norte-americanos creditam 12% de chances a uma expansão de 0,5 ponto porcentual na taxa de juro básica dos EUA. Nos últimos dias, a aposta em elevação de 0,25 ponto porcentual era consenso.
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