O dólar fechou em queda na sessão encurtada desta Quarta-Feira de Cinzas, com o real acompanhando a valorização das moedas emergentes em meio a um relativo alívio na crise na Ucrânia e após a divulgação de indicadores negativos sobre a economia dos EUA.O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,3180 (-1,02%) - menor patamar desde 10 de dezembro de 2013. O giro foi bastante fraco, próximo de US$ 398,582 milhões por volta das 16h30, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para abril recuava 1,04%, a R$ 2,3350. O volume de negócios estava perto de US$ 7,63 bilhões.Nos EUA, a ADP revelou que o setor privado criou 139 mil vagas de trabalho em fevereiro, abaixo da previsão de 160 mil postos dos analistas ouvidos pela Dow Jones. O ISM, por sua vez, divulgou que a atividade no setor de serviços caiu para 51,6 em fevereiro, ante projeção de uma leitura de 53,5. Já o relatório Livro Bege, do Federal Reserve, não trouxe grandes novidades, afirmando apenas que a economia se expandiu em um ritmo de modesto a moderado em janeiro e início de fevereiro e que o frio intenso em Nova York e Filadélfia prejudicou a atividade.Enquanto isso, o PMI composto da zona do euro, que inclui os setores industrial e de serviços, subiu para 53,3 em fevereiro, atingindo o maior nível em 32 meses, segundo dados da Markit. Já a China confirmou as metas para este ano de crescimento do PIB (7,5%), inflação (3,5%) e aumento da base monetária M2 (13%), todas iguais às do ano passado, anunciadas na abertura da sessão anual do Congresso Nacional do Povo.No noticiário interno, o HSBC informou que o PMI de serviços do Brasil voltou a se expandir, ao subir de 49,6 em janeiro para 50,8 em fevereiro, e o Banco Central divulgou hoje os resultados da pesquisa Focus, que normalmente saem na segunda-feira. A projeção para a inflação este ano foi mantida em 6,00%, mas a expectativa para a Selic no fim de 2014 caiu para 11,13%, de 11,25%, enquanto a previsão para o PIB teve alta para 1,70%, de 1,67%. A atenção do mercado está voltada para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai amanhã.
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