Juro abre em alta, pressionado por prevenção de prejuízo

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Por Agencia Estado
Atualização:

As taxas dos contratos futuros de juros abriram o pregão na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) em alta, em movimento explicado pelas ordens de "stop loss" (prevenção de prejuízo). As bolsas européias operam em queda e os índices futuros de Wall Street também apontam baixa expressiva. O contrato de DI (depósito interfinanceiro) com vencimento em janeiro de 2008 projetava taxa de 12,50% ao ano às 10h20, na BM&F, ante taxa de fechamento ontem de 12,45% ao ano. Segundo operadores, o mercado deixou de se basear em fundamentos para ingressar em um período de prevenção de prejuízos, parecido com o verificado em maio de 2006, quando advertências por parte do banco central americano (Fed) em relação à inflação e à fraqueza da economia dos EUA provocaram correções fortes nos mercados mundiais. No mercado de juros, operadores dizem que há um movimento de redução de alavancagem, em grande parte liderado por investidores estrangeiros. "Há um movimento de 'stop loss' global, que não tem relação com fundamentos, que provoca saída de aplicações de estrangeiros nos Dis (depósitos interfinanceiros)", afirma um profissional. No caso dos juros, operadores observam que a condição técnica desse mercado torna essa correção mais perigosa. Afinal, os juros caíram expressivamente ao longo do último ano, o que significa um ganho potencial elevado no caso de realização. Além disso, o mercado vem excessivamente vendido (apostando na baixa das taxas) nesse mercado, ou seja, muito alavancado. "Os movimentos acabam gerando ajustes fortes nos contratos por causa disso", afirma um operador. A alta da inflação doméstica, reafirmada hoje pelo IPC da Fipe, é outro fator que influencia, ainda que em menor intensidade, os juros nesta manhã. O índice mostrou alta de 1,07% na primeira quadrissemana de janeiro, acima das expectativas dos analistas consultados pela Agência Estado, que variavam de 0,87% a 1%. Esse resultado reforça a aposta do mercado em corte de apenas 0,25 ponto porcentual na taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nos dias 23 e 24 de janeiro.

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