O bom humor nos mercados financeiros externos permitiu aos juros futuros brasileiros continuarem seu movimento de queda. E a reabertura, anunciada esta manhã pelo Tesouro Nacional, da emissão de títulos da dívida externa em dólares e com prazo de 10 anos completaram o cenário, com os juros ampliando a queda. O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2010 terminou o dia projetando taxa de 11,49% ao ano, ante taxa de 11,53% ao ano projetada no encerramento dos negócios ontem. A taxa do DI para janeiro de 2009 caiu de 11,59% para 11,58% e a do DI para janeiro de 2008 cedeu de 11,97% para 11,95%. Logo na abertura do pregão eletrônico, as taxas mostraram quedas expressivas, refletindo novamente o apetite de investidores locais e estrangeiros em aplicar no Brasil. Nos Estados Unidos, os mercados reagiram positivamente ao índice de vendas de imóveis pendentes de fevereiro, que subiu a uma taxa anual ajustada de 0,7%. A trégua no exterior contribuiu para a recuperação por aqui. E permitiu que o mercado se voltasse para a melhora na percepção de risco da economia brasileira. Essa melhora, segundo especialistas, justificou o espaço para o Tesouro voltar a ofertar papéis da dívida externa em um período em que há tantas incertezas sobre o rumo da economia global. O DI para julho de 2007 continuou sendo um "caso a parte" no movimento no mercado de juros. A taxa do contrato voltou a cair, de 12,32% ontem para 12,29% hoje, refletindo a mudança nas contas que o mercado deverá fazer caso o feriado em homenagem a Frei Galvão se concretize.
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