Em jantar com empresários antes do primeiro turno das eleições, o então candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre crescimento econômico, combate à inflação, geração de empregos e aumento do poder de compra dos trabalhadores.
Diretamente ligadas, inflação e baixa no poder de compra dos brasileiros são atribuídas ao cenário interno e à economia mundial, fortemente atingida pela alta do dólar e guerra entre Rússia e Ucrânia.
Uma alternativa que pode ajudar a economia brasileira a girar mais rapidamente e ampliar os negócios é a oferta de crédito ao consumidor. Essa democratização é uma das iniciativas já sinalizadas pelo novo governo como uma das medidas para promover a ascensão social e criar oportunidades, contribuindo para a redução da desigualdade.
As próprias instituições financeiras vêm demonstrando otimismo em suas previsões relacionadas ao aumento e acesso ao crédito, também prevendo possíveis reduções nas taxas de inadimplência.
Ainda bastante concentrada nos bancos tradicionais, a oferta de crédito vem sendo ampliada pelas fintechs, transformando a maneira de fazer negócios por meio da revolução digital.
Nesse universo hoje hiperconectado, essas startups, regulamentadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), estão movimentando bastante o setor financeiro, ampliando cada vez mais a oferta de serviços e produtos aos consumidores, com custos mais acessíveis, por meio dos avanços tecnológicos.
Alguns serviços e modelos de negócios ainda carecem de regulamentação e de normas que garantam a governança e a sustentabilidade. O Banco Central do Brasil (BCB) tem atuado para modernizar esse segmento, acompanhando a evolução digital.
É sempre bom lembrar que cabe ao consumidor a opção de escolha. Com uma cultura de crediário ainda bastante presente nas famílias brasileiras, o modelo “compre agora, pague depois” – Buy Now Pay Later (BNPL) – continua atual como atrativo para bens de consumo.
Otimista que sou e tendo acompanhado crises econômicas e políticas de pequenas e grandes proporções no País nas últimas décadas, acredito no enorme aprendizado que essas situações nos trazem. Conseguimos sair mais fortes e mais bem preparados para os desafios. A inovação tecnológica tem sido uma forte aliada nesse sentido. Com esse novo arsenal de ferramentas e facilidades aos consumidores, a economia deverá retomar um patamar de crescimento em 2023. /Empresário. É fundador e CEO do Grupo CB
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.