Cenário: Paula MouraOs preços futuros do milho fecharam ontem no menor patamar em cinco meses na Bolsa de Chicago. O contrato mais negociado do cereal recuou 2,36% e fechou a US$ 7,03 por bushel. Investidores demonstram preocupação com o enfraquecimento da demanda desde que as cotações atingiram máximas recordes em agosto depois que a pior estiagem em décadas reduziu drasticamente a produção dos Estados Unidos. As exportações norte-americanas do cereal vêm desacelerando e o consumo doméstico também diminuiu. A produção de etanol, à base de milho no país, por exemplo, caiu na maior parte deste ano. Ao mesmo tempo, agentes do mercado prevêem que a área plantada com o grão cresça na próxima safra nos EUA, sugerindo que a oferta deve aumentar.A queda do milho contaminou os demais grãos negociados em Chicago. A soja caiu 2,02%, também influenciada pela notícia de que a China cancelou contratos com exportadores norte-americanos. Já o recuo do trigo (-0,68%) foi atenuado por uma compra do Egito, maior importador mundial do cereal.Na Bolsa de Nova York, o cacau cedeu 1,63%. O ritmo firme das exportações da Costa do Marfim, maior produtor mundial da amêndoa, pressionou os preços. Produtores do país também estão vendendo a próxima safra no mercado futuro, o que contribui para as perdas. O açúcar caiu 0,83%, com expectativas de excedente global ainda maior. Na contramão, o café subiu 0,63%, estimulado por compras de torrefadoras após uma forte queda das cotações nas últimas sessões.