Ministro nega recuo do governo federal após desistência em taxar importados: ‘É um ajuste’

Paulo Pimenta, da Secom, disse que ‘medidas administrativas’ poderão obter mesmo resultado; isenção para produtos importados de até US$ 50 negociados entre pessoas físicas será mantida

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BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, negou que houve um recuo do governo federal em relação à taxação de importados. De acordo com ele, a medida anunciada nesta terça-feira, 18, não é um recuo, mas “um ajuste”.

“Não é um recuo, é um ajuste buscando o mesmo resultado com medidas administrativas sem que haja qualquer reflexo a pessoa física”, disse.

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Ao mesmo tempo em que houve um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja mantido o modelo atual de isenção entre pessoas físicas, Pimenta ressaltou a necessidade de maior fiscalização para evitar a sonegação.

“A posição do presidente é que não haja nenhuma mudança das pessoas físicas, mas que, ao mesmo tempo, a Receita busque mecanismos e medidas administrativas, de fiscalização e ações a qualquer tentativa de sonegação”, afirmou.

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Segundo Paulo Pimenta, decisão de Lula de manter isenção a importados 'não desautoriza Haddad' Foto: Dida Sampaio/Estadão

Segundo o ministro, a adoção de tais mecanismos de fiscalização devem alcançar “o mesmo objetivo” que a taxação a importados anteriormente anunciada, que é de diminuir o rombo fiscal no País. Contudo, conforme pontuou, sem a taxação, o cidadão não será impactado.

Apesar de um recuo do governo em relação ao anúncio, Pimenta negou que contraria o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “A decisão de Lula não desautoriza Haddad, ao contrário, é através do diálogo, do debate que vamos ajustando as políticas do governo”, pontuou. “Havia tentativa de sonegação, com intenção de dificultar a identificação do remetente.”

Questionado sobre a entrega do arcabouço fiscal, prevista para as 16h30, Pimenta disse não saber detalhes da entrega, apenas que a equipe de Haddad apresentará o texto.

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