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Ministros do STF ouvem Azul, Gol e Latam sobre disputas judiciais no setor aéreo

Dirigentes das companhias aéreas apresentaram ao Supremo Tribunal Federal informações sobre o impacto da alta litigância no custo das passagens, em investimentos e na oferta de voos

BRASÍLIA – O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu na tarde desta segunda-feira, 12, os dirigentes da Azul, da Gol e da Latam para tratar sobre a litigiosidade no setor aéreo. Segundo nota divulgada pelo STF, os dirigentes apresentaram aos ministros informações sobre o impacto da alta litigância no custo das passagens, nos investimentos e na oferta de voos no País.

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De acordo com a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), com base em informações reportadas pelas empresas à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o custo dos processos movidos por passageiros supera R$ 1 bilhão por ano. Apesar de o setor ter muitos problemas e o serviço deixar a desejar aos consumidores, os números brasileiros são bem acima da média mundial.

“Obviamente, isso é repassado para o preço do bilhete”, disse o diretor-geral da IATA no Brasil, Dany Oliveira ao Estadão em reportagem no início de maio. Ele calcula que a despesa representa entre R$ 10 e R$ 12 do valor de cada bilhete vendido, levando em conta que cerca de 100 milhões de passageiros são transportados anualmente no País.

Barroso, também presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem buscado mapear e buscar soluções para a litigiosidade em algumas áreas, entre elas o setor aéreo Foto: Wilton Junior/Estadão

De acordo com a assessoria do Supremo, a reunião não tratou sobre o julgamento marcado para quarta-feira sobre investigações de acidentes aéreos. A queda de um avião em Vinhedo (SP) na última sexta-feira, 9, também não foi assunto na audiência.

Barroso convidou todos os ministros da Corte para a audiência, mas apenas os que estavam em Brasília (Edson Fachin, Cristiano Zanin e André Mendonça) participaram. O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Sousa Pereira, representantes do Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat) e da Confederação Nacional do Transporte (CNT) também estavam presentes.

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