A polícia norte-americana faz uma extensa investigação para determinar quem foi o assassino do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, que foi baleado em uma calçada de Nova York no último dia 4. A busca pelo atirador contou com cães, drones e mergulhadores, além do robusto sistema de vigilância da cidade.
Investigadores analisaram amostras de DNA, impressões digitais e endereços de internet. A polícia também foi de porta em porta procurando testemunhas. Quando a prisão do suspeito Luigi Mangione foi efetuada, cinco dias depois, o mérito foi compartilhado entre os esforços investigativos e a intuição de um civil atento.
O atirador usou uma identidade falsa e pagou em dinheiro durante os 10 dias em que esteve na cidade, disse o chefe de detetives da Polícia de Nova York (NYPD), Joseph Kenny. Ele também manteve o rosto coberto, exceto quando fez o check-in em um albergue. Sua imagem foi capturada em algumas das milhares de câmeras de vigilância que cobrem Manhattan, permitindo que a polícia construísse uma linha do tempo de seus movimentos.
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Veja a linha do tempo do que se sabe até agora sobre o ataque planejado, segundo as forças de segurança:
24 de novembro, 22h11 — O suspeito chega à cidade de Nova Iorque em um ônibus da Greyhound, na terminal Port Authority. O ônibus partiu de Atlanta e fez seis ou sete paradas até Nova Iorque. A polícia não conseguiu determinar imediatamente onde ele embarcou.
29 de novembro — O homem faz o check-out do albergue, onde os hóspedes são automaticamente registrados para check-out se não aparecerem na recepção até um horário determinado. A polícia não acredita que ele tenha ficado em outro lugar e feito check-in novamente no albergue no dia seguinte.
4 de dezembro, 5h30 — O suspeito sai do albergue bem antes do amanhecer. Às 5h41, ele aparece em vídeo na 54ª rua com a Sexta Avenida, caminhando de um lado para o outro na área do hotel Hilton onde a empresa-mãe da UnitedHealthcare, o UnitedHealth Group, está realizando sua conferência anual para investidores.
6 de dezembro — Joseph Kenny, chefe de detetives da Polícia de Nova York, e a comissária de polícia, Jessica Tisch, revelam que os investigadores acreditam que o atirador deixou Nova York de ônibus. A polícia encontra o que acreditam ser a mochila do homem, mas o conteúdo não é divulgado.
7 de dezembro — A polícia continua a busca no Central Park; mergulhadores são vistos vasculhando um lago. O NYPD libera mais fotos do suspeito, que o mostram ao lado e no banco de trás de um táxi, usando uma máscara facial médica azul.
8 de dezembro — Mergulhadores são vistos novamente no lago do Central Park. A polícia se recusa a comentar sobre a investigação.
9 de dezembro — Um suspeito foi preso por porte ilegal de arma e para interrogatório sobre o assassinato. Ele foi identificado como Luigi Mangione, 26 anos, e foi detido em um McDonald’s em Altoona, Pensilvânia, depois que um trabalhador do local o reconheceu e chamou as autoridades por volta das 9h15.
10 de dezembro — O suspeito continua detido na Pensilvânia, onde foi inicialmente acusado de porte de arma sem licença, falsificação e uso de identificação falsa para a polícia. Mais tarde, promotores de Manhattan adicionaram a acusação de homicídio, segundo um registro judicial online./AP
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