Movimento em aeroportos regionais de SP deve crescer 40% em 2012

Desempenho é próximo de 2011, quando houve crescimento de 43%, para 2,5 milhões de passageiros 

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Por Anne Warth, Gustavo Uribe e da Agência Estado

SÃO PAULO - O movimento de passageiros nos 31 aeroportos regionais paulistas, administrados pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), deve crescer cerca de 40% em 2012, de acordo com o presidente da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe SP), Luciano Almeida. A Investe SP é a entidade do governo paulista responsável por atrair investimentos para o Estado e orientar empresários na articulação com o setor público. Segundo ele, o desempenho deste ano deve repetir o de 2011, quando houve crescimento de 43% em relação ao ano anterior, para 2,573 milhões de passageiros.

Em termos de carga, Almeida afirmou que o crescimento foi de 8% na comparação com 2010 e somou cerca de 5 mil toneladas. Ele prevê neste ano um resultado semelhante. "Acredito muito no retorno da aviação regional", disse. De acordo com levantamento da Investe SP, os aeroportos de São Paulo que mais se destacaram no ano passado em crescimento de número de passageiros foram os de Ribeirão Preto, com expansão de 64%, para 1,1 milhão de pessoas; São José do Rio Preto, com alta de 58%, para 669,2 mil; Presidente Prudente, com elevação de 22%, para 259,1 mil; e Araçatuba, com aumento de 58%, para 123,87 mil.Em transporte de carga, os destaques foram Ribeirão Preto, com alta de 49%, para 889,8 mil toneladas; Marília, com aumento de 39%, para 634,9 mil toneladas; Jundiaí, com crescimento de 4%, para 814,5 mil toneladas; e Bauru, com elevação de 4%, para 1,255 milhão de toneladas.Para o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, também presidente do Conselho Gestor do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas (PPPs), a retomada da aviação regional no Estado está estrangulada. Isso porque o aumento dos voos para o interior paulista dependeria de um novo aeroporto na região metropolitana de São Paulo, uma vez que os atuais - Congonhas e Guarulhos - não teriam condições de aumentar a frequência de voos regulares para o interior, afirma Afif.Segundo o vice-governador, somente após uma decisão a respeito do novo aeroporto o governo poderia levar adiante o plano de conceder à iniciativa privada os aeroportos regionais. "Falta na região metropolitana de São Paulo um novo aeroporto que viabilize um crescimento maior dos aeroportos regionais do interior, hoje contido pela falta de um hub", afirmou, referindo-se aos aeroportos que funcionam como centros de distribuição de passageiros para outros destinos.O governo estuda propostas para um novo aeroporto na região de São Paulo que seja gerido pela iniciativa privada, por meio de concessão ou Parceria Público-Privada (PPP). O assunto é tema de discussão no Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo, que abrange 39 municípios.Três municípios apresentaram propostas para receber o aeroporto, segundo o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido: Caieiras, Mogi das Cruzes e São Bernardo do Campo. Mas, de acordo com ele, as discussões ainda estão em fase "embrionária".Segundo Luciano Almeida, o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, teve movimentação de 29,9 milhões de passageiros no ano passado, entre voos domésticos e internacionais. A expectativa é de que até 2025 a demanda seja de 60 milhões no Estado. "Mesmo com a ampliação de Cumbica e com novas pistas, há necessidade de um terceiro aeroporto na região metropolitana", afirmou.

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