Crise da 123milhas: sócio diz que ‘preços das passagens não se comportaram como o previsto’

Em depoimento na CPI das Pirâmides Financeiras, Ramiro Madureira, cerca de 150 mil pessoas compraram passagens da empresa para viajar entre setembro e dezembro

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Por Redação
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Brasília - O sócio da agência de viagens 123milhas Ramiro Madureira disse nesta quarta-feira, 6, em audiência pública na CPI das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados, que a empresa teve de suspender a emissão de passagens aéreas da linha promocional (na qual os clientes aceitavam a flexibilidade de datas), iniciada em abril de 2022, porque os preços das passagens não se comportaram conforme o previsto. Segundo Madureira, o modelo do negócio dependia de um fluxo de novas compras no site, que também teria sido menor que o esperado.

Ele afirmou ainda confiar na continuidade da empresa, que pediu recuperação judicial. Segundo Madureira, é preciso que a empresa continue funcionando para que os consumidores sejam ressarcidos dentro do plano de recuperação, que agora será discutido entre os credores. E acrescentou que quem comprou passagens para 2024 também estará incluído no plano.

Segundo Madureira, na próxima semana será feita uma reunião no Ministério da Justiça para negociar um acordo de compensação Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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A 123milhas suspendeu a venda de passagens e pacotes da linha promocional em 18 de agosto e disse que compensaria os clientes com vouchers. Com a reação negativa de consumidores e autoridades públicas, além de movimentos de antecipação de créditos por parte de bancos e outros financiadores, a empresa, segundo Madureira, resolveu pedir a recuperação judicial para manter o negócio.

De acordo com o empresário, cerca de 150 mil consumidores compraram passagens para viajar entre setembro e dezembro deste ano e estão no plano de recuperação judicial. Mas ele afirmou que ainda não sabe quantos são os que compraram para 2024.

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Na semana que vem, segundo ele, será feita uma reunião com a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça para negociar um acordo para a compensação dos clientes. Segundo ele, deverão ser organizadas prioridades para clientes que precisam viajar por problemas de saúde, por exemplo. Ele disse ainda que devem ser feitas mais demissões nas empresas do grupo. / Agência Câmara de Notícias

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