São Paulo - O tamanho da fraude contábil que afetou a rede varejista Americanas é estimado em R$ 25,2 bilhões ao final de 2022, de acordo com uma apresentação a analistas que será feita pelo comando da rede de varejo nesta quinta-feira, às 10h. No dia 11 de janeiro deste ano, quando revelou as “inconsistências contábeis”, o tamanho do rombo foi estimado em R$ 20 bilhões.
A apresentação de 31 páginas reconstitui como se deu a fraude, feita por meio do “risco sacado”, um tipo de empréstimo com os bancos. A rede de varejo foi vítima de uma “fraude sofisticada, baseada na manipulação dolosa de seus controles internos por parte de sua antiga gestão”, comenta a atual gestão.
Para avaliar os impactos da fraude na rede, a nova gestão comenta que fará em uma próxima etapa a reapresentação dos resultados trimestrais de 2022. A divulgação deve ocorrer quando for reportar os números de cada trimestre de 2023.
Também fará uma reavaliação dos efeitos fiscais da fraude retroativa há 5 anos. Após revistar os balanços de 2021 e 2022, a Americanas informa que não fará a revisão de resultados anuais antes de 2021 e a revisão de resultados trimestrais antes do primeiro trimestre de 2022.
“O ano de 2023 foi, sem dúvidas, o mais adverso da história centenária da nossa empresa”, comenta a administração da Americanas no balanço divulgado nesta quinta-feira, 16.
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