O banco central e a autoridade monetária suíça emitiram uma nota conjunta para acalmar o mercado de capitais mundial devido à situação envolvendo o banco Credit Suisse. Juntas, as entidades afirmaram que não há indícios de risco direto ou de exposição para instituições suíças diante da situação de “turbulência do mercado bancário dos Estados Unidos” e que, se for necessário, vão prover a liquidez para manter a operação do banco com atuação global.
O comunicado foi emitido após o Credit Suisse pedir, às duas entidades, demonstrações públicas de apoio, diante das dificuldades enfrentadas pelo banco.
“A regulamentação (do mercado de capitais) na Suíça exige que todos os bancos mantenham reservas de capital e liquidez que atendam, ou excedam os requisitos mínimos do Índice de Basileia (um padrão global para avaliação da saúde financeira de uma instituição)”, afirmaram as entidades. “Além disso, os bancos sistemicamente importantes precisam atender a requisitos de capital e liquidez mais elevados. Isso permite que os efeitos negativos de grandes crises e choques sejam absorvidos”, complementaram, em nota.
De acordo com o comunicado conjunto, o Credit Suisse atende a todas as exigências de capital e liquidez, mas que se necessário as entidades injetarão dinheiro para manter a operação da companhia. “A FINMA e o SNB estão acompanhando os desenvolvimentos de perto e estão em contato próximo com o Departamento Federal de Finanças para garantir a estabilidade financeira”, declarou.
Na manha desta quarta-feira, o Credit Suisse havia pedido uma demonstração pública de apoio ao Swiss National Bank, segundo divulgou o “Financial Times”. As ações do banco chegaram a perder 30% de seu valor depois que o seu principal acionista, o Saudi National Bank (SNB), descartou a hipótese de oferecer mais ajuda à instituição, que enfrenta sérias dificuldades desde o ano passado.
Ainda segundo divulgado pelo FT, o banco também havia pedido uma demonstração pública de apoio para a autoridade federal suíça de vigilância do mercado financeiro, a Finma.
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