BANGKOK - O porta-voz da montadora de automóveis chinesa BYD, Li Yunfei, se opôs a relatos sobre más condições de trabalho em um canteiro de obras no Brasil, onde está sendo construída uma fábrica da montadora, dizendo que as alegações têm como objetivo difamar a China, as marcas do país e minar a amizade entre o Brasil e a potência asiática.
Na segunda-feira, 23, uma força-tarefa de órgãos federais interditou parte das obras de construção da fábrica em Camaçari (BA), após o resgate de 163 operários que estavam trabalhando em condições análogas à escravidão, segundo o Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA). Foram interditados alojamentos e trechos do canteiro de obras da planta industrial onde a montadora está instalando sua fábrica no município da região metropolitana de Salvador.
Em nota, a empresa disse não tolerar “desrespeito à lei brasileira e à dignidade humana” e que decidiu “encerrar imediatamente” o contrato com a empreiteira responsável por parte da obra na fábrica de Camaçari, além de estudar “outras medidas cabíveis”. A BYD também afirmou ter transferido os trabalhadores resgatados para hotéis da região.
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“A BYD reitera seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, em especial no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores. Por isso, está colaborando com os órgãos competentes desde o primeiro momento e decidiu romper o contrato com a construtora Jinjiang”, afirmou Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD Brasil, na nota.
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